"Uma emissora
de televisão, como a TV Globo, sonega, fala em reforma tributária e, no
entanto, não cumpre os procedimentos mais comezinhos da sua relação com o fisco
brasileiro. Nós aguardamos os comentários indignados da Miriam Leitão, do Jabor
e do imortal Merval Pereira", discursou o deputado Fernando Ferro (PT-PE),
ao comentar o caso em que a emissora é suspeita de sonegar ao comprar os
direitos de transmissão da Copa de 2002
O deputado
Fernando Ferro (PT-PE) criticou duramente o caso de suspeita de sonegação da
Rede Globo, revelado pelo blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário. Em
discurso na tribuna da Câmara, o petista lembrou que o episódio teve origem na
compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002 junto à Fifa, e que a
emissora tentou fraudar a Receita Federal brasileira ao disfarçar a aquisição
do evento, através de uma operação nas Ilhas Virgens Britânicas.
"Eu estranho a
transação envolvendo a FIFA em interesse de transmissão da qual a Globo
participou. Houve inclusive a condenação do João Havelange e do Ricardo
Teixeira. A Rede Globo foi condenada porque nessa transação sonegou recursos em
paraísos fiscais, na verdade, nos infernos fiscais", ironizou o
parlamentar.
O deputado disse
que "na época, valores de 2006, a dívida da Globo era de 615
milhões". "Hoje, já passa de 1 bilhão. E o curioso é que o processo
desapareceu pelas mãos de uma funcionária que foi processada, inclusive,
demitida e estava presa", seguiu, complementando: "Entrou em cena o
ministro Gilmar Mendes, que lhe concedeu uma liminar e a liberou".
Comentaristas
O deputado cobrou
uma manifestação de alguns dos principais comentaristas da Globo sobre o
assunto. "Uma emissora de televisão, como a TV Globo, sonega, fala em
reforma tributária e, no entanto, não cumpre os procedimentos mais comezinhos
da sua relação com o fisco brasileiro. Nós aguardamos os comentários indignados
da Miriam Leitão, do Jabor e do imortal Merval Pereira", concluiu Ferro.
A Rede Globo
afirmou em nota oficial para assegurar que que não possuía pendências com a
Receita. A informação foi contestada em reportagem do jornalista Rodrigo Vianna
no blog Escrevinhador pela mesma fonte que denunciou o caso a Miguel do
Rosário. O Ministério Público do Distrito Federal abriu investigação para
apurar o caso.247
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