Conforme antecipamos ontem, mesmo depois de saber das
fraudes detectadas nos contratos com a prefeitura de João Pessoa, governador
Eduardo Campos continuou a pagar contratos milionários para empresa que lavou
dinheiro para pagamento de DUDA MENDONÇA, provável marqueteiro de sua campanha
à presidência e que é sócio de Antônio Lavareda na empresa BlackNinja, que
também tem contratos com o governo do Estado e a prefeitura de seu apadrinhado
Geraldo Julio, conforme também já noticiado aqui no Blog.
Da Folha de São Paulo
FERNANDO MELLO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
A Polícia Federal pediu abertura de investigação sobre
contratos da empresa Ideia Digital com a gestão do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), cotado para disputar a Presidência da República em 2014.
A empresa assinou contratos de R$ 77,5 milhões no Estado
para informatizar escolas --já foram pagos R$ 51,2 milhões. Segundo a PF, um
dos contratos em Pernambuco tem indícios de superfaturamento. O pedido de
investigação foi enviado ao Ministério Público Estadual.
A PF também pede que as investigações sobre outras
autoridades sejam aprofundadas --entre elas a do ministro Aguinaldo Ribeiro
(Cidades) e a de dois deputados federais.
Como a Folha publicou ontem, investigação da PF aponta que
verbas de convênio do Ministério da Ciência e Tecnologia com a Prefeitura de
João Pessoa foram desviadas para financiar campanha do governador da Paraíba,
Ricardo Coutinho (PSB), em 2010. O dinheiro teria sido desviado em contrato com a Ideia
Digital, vencedora de licitação para implantar um projeto de internet grátis em
João Pessoa. Na época, Coutinho era prefeito de João Pessoa.
Em dois contratos em 2011, o governo de Pernambuco usou os
mesmos critérios usados no caso da Paraíba. Outro contrato foi assinado em
2012.
Em depoimento já no final da investigação da PF, um dos
suspeitos afirmou que a Ideia Digital tinha "tinha acesso irrestrito ao
próprio Ministério da Ciência e Tecnologia", que foi comandado por Campos
em 2004 e 2005.
POLÍTICOS
Como políticos com foro privilegiado só podem ser
investigados com autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do STF
(Supremo Tribunal Federal), a PF sugere que as investigações sejam encaminhadas
a esses tribunais.
No caso do ministro das Cidades, uma testemunha apontou uma
relação entre Ribeiro e representantes da Ideia Digital "antes mesmo do
procedimento licitatório". Ribeiro era secretário de Ciência e Tecnologia
de João Pessoa quando o programa foi lançado.
A PF também viu indícios de pagamentos da Ideia aos
deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Valtenir Pereira (PSB-MT) e diz haver
"reluzentes suspeitas" de que a empresa pagou R$ 235 mil em material
de campanha de Pereira usando empresas fantasmas.
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Fonte: Blog da Noelia Brito
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