Os tucanos corruptos, os grandes responsáveis pelo fim do CPMF, saíram do muro e apoiam a gritaria dos médico desumanos, que só pensam em ganhar dinheiro e ter vida boa.Em artigo publico no Instituto Teotônio Vilela, os bicudos corruptos acusam Dilma de tudo.Esses caras não têm vergonha na cara, tiraram R$ 40 bilhões dos cofres da saúde, com o fim do CMP, desviaram bilhões de reais da saúde para aplicar no mercado financeiro, agora vêm apoiar as diatribes dos médicos.
Os médicos e os
monstros
O programa criado
pelo governo federal para ampliar o número de médicos no Sistema Único de Saúde
(SUS) nasceu como uma excrescência, na base do improviso e da arbitrariedade.
Aos poucos, porém, vai se mostrando coisa pior: uma violência imposta goela
abaixo da classe médica. Nosso péssimo sistema de saúde está sendo tratado como
caso de polícia.
Na sexta-feira, o
governo anunciou que vai pôr a Polícia Federal para vigiar as inscrições no
Mais Médicos, o programa lançado pela presidente Dilma Rousseff para aumentar -
mas só daqui a oito anos! - a presença de médicos no SUS. O motivo seriam
movimentações suspeitas engendradas nas redes sociais.
O Ministério da
Saúde afirma que quer evitar uma espécie de boicote ao programa: médicos se
inscreveriam em massa para impedir a entrada de estrangeiros e, depois,
desistiriam das vagas, frustrando os planos oficiais. Parece até aqueles planos
conspiratórios bolados em filmes de quinta categoria sobre a CIA e a KGB. E é.
Em primeiro lugar,
a ameaça de sabotagem é fantasiosa. Está na mesma categoria da "central de
boatos" que gente mal informada e mal intencionada do governo Dilma achou
para justificar os tumultos causados por um erro da Caixa Econômica Federal no
pagamento do Bolsa Família em maio - e sobre os quais a PF não chegou a
conclusão alguma após dois meses de investigações...
Mas, mais grave que
isso, nada fantasiosa é a intenção manifestada oficialmente pelo governo, por
meio de ofício do Ministério da Saúde, de usar o poder coercitivo dos policiais
federais para amedrontar médicos. É mais uma iniciativa do Estado policialesco
que o PT tanto acalenta e assaca contra os que não lhe dizem amém.
Pensando hipoteticamente,
significa que um profissional de saúde que for selecionado dentro do programa,
mas decidir abrir mão das vagas que lhe forem apresentadas por não concordar
com as condições do local de trabalho, pode ter sua vida vasculhada pela PF. É
de se perguntar: também será colocado na lista de traidores da nação?
Batizado Mais
Médicos, o programa petista foi sacado da algibeira dos governantes em Brasília
como forma de dar alguma resposta aos protestos que clamaram pela prestação de
melhores serviços pelo poder público. É uma mandracaria, um ilusionismo.
Mistura remédios, mas não cura o paciente. Também por isso, gerou intensa
reação de profissionais de saúde.
Os pontos mais
condenáveis são a extensão do curso de Medicina por mais dois anos - ao longo
dos quais os estudantes terão que, obrigatoriamente, prestar serviços no SUS -
e a permissão para que médicos estrangeiros atuem no Brasil sem a necessidade
de comprovarem sua aptidão, medida pelo exame chamado de Revalida.
Trata-se, no
primeiro caso, de uma arbitrariedade. Significa aumentar em um terço a duração
do curso de Medicina, com impactos diretos nos custos de formação do aluno. Sem
falar na afronta ao livre arbítrio dos estudantes.
"Melhorar as
condições de trabalho é a solução óbvia. Mas isso exige que o governo assuma a
culpa e deixe de empurrar o problema com a barriga. Mais fácil é culpar os
jovens médicos, pouco patrióticos, que só pensam em dinheiro e se recusam a
trabalhar em um sistema público de saúde bem organizado, eficiente, sem filas e
tão bem avaliado pela população", escreveu o médico Fernando Reinach em
artigo publicado sábado n'O Estado de S.Paulo.
Quanto a receber
médicos do exterior sem testar suas qualidades, trata-se de uma temeridade sem
tamanho. Basta lembrar que, nos dois últimos anos, os exames de revalidação de
diplomas estrangeiros exibiram índices de reprovação de 90% e 91%. Em
instituições como a UFMG, 56% dos candidatos vêm da Bolívia, 9% de Cuba e 8% do
Paraguai. Serão as faculdades de lá melhores que as nossas?
As más qualidades
do programa são agravadas pela falta de discussão prévia com a sociedade e pelo
uso nefasto e autoritário do instrumento da medida provisória para sua
tramitação no Congresso. Ontem venceu o prazo para apresentação de emendas ao
texto que cria o programa, cujo número superou 500, segundo o Brasil Econômico.
O que o Mais
Médicos menos visa é enfrentar os graves problemas da saúde pública brasileira.
Seus reais objetivos são criar subterfúgios para que a presidente Dilma tente
fugir da cobrança das ruas e apresente-se como dirigente laboriosa. Para tanto,
o governo petista já mostrou que é capaz até de transformar nossos médicos em
monstros.
Instituto Teotônio Vilela
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