Engraçado nisso tudo é que a espionagem se deu no governo de FHC, o corno manso, e agora ele vem cobrar de Dilma uma resposta ao governo americano, diz ele:"Cabe ao governo brasileiro, apurada a denúncia,
protestar formalmente pela invasão de soberania e impedir que a violação de
direitos ocorra".O governo FHC foi o mais submisso aos EUA, seu Ministro das Relações Exteriores chegou até a tirar os sapatos na alfândega.
A presidente Dilma
Rousseff afirmou nesta segunda-feira (8) que o episódio de espionagem no país
"é violação de soberania e de direitos humanos".
A fala foi após a
cerimônia de lançamento do programa de ampliação do número de médicos no país,
no Palácio do Planalto. O anúncio faz parte da série de "pactos"
estabelecidos como prioridade pela presidente em resposta às recentes
manifestações pelo país.
"Mas temos que
ver sem precipitação, sem prejulgamento. Mas a posição do Brasil é clara. Não
concordamos com interferências dessa ordem não só no Brasil", disse a
presidente.
Segundo o jornal
"O Globo" publicou nesta segunda, pelo menos até 2002, funcionou em
Brasília uma das estações de espionagem nas quais funcionários da Agência de
Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e agentes da
CIA trabalharam em conjunto.
O texto de "O
Globo" também mostra que existe um conjunto de documentos da NSA, datados
de setembro de 2010, cuja leitura pode levar até a conclusão de que escritórios
da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas,
em Nova York, teriam sido alvos da agência em algum momento. O jornal, porém,
diz que não foi possível confirmar a informação e nem se esse tipo de prática
continua.
Tais documentos da
NSA foram vazados pelo técnico em informática Edward Snowden, que trabalhou
para a CIA durante os últimos quatro anos. Em junho, o jornal britânico
"The Guardian" publicou reportagens com as primeiras revelações de
Snowden sobre o monitoramento de milhões de telefones e de dados de usuários de
internet em todo o mundo.
O governo
brasileiro enviou neste fim de semana ao embaixador brasileiro nos Estados
Unidos e a seu semelhante no Brasil um pedido de explicações. Também decidiu,
segundo ela, encaminhar uma discussão na União Internacional de
Telecomunicações pedido para tomar medidas que assegurem a segurança
cibernética.
"E, ao mesmo
tempo, vamos apresentar proposta junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU,
uma vez que um dos preceitos fundamentais é a garantia da liberdade de
expressão, mas também de direitos individuais, principalmente o da privacidade
--aliás garantido na nossa Constituição Federal."
"Se houver
participação de outros países e outras empresas que não aquelas brasileiras,
seguramente é violação de soberania, sem dúvida. Como é violação de direitos
humanos", disse a presidente.
Dilma também citou
que o governo terá como prioridade aprovar na Câmara e posteriormente no Senado
o marco civil da internet. A legislação pretende regular o uso de internet no
Brasil, mas encontra-se parada na Câmara após uma série de votações
malsucedidas no fim do ano passado.
"Vamos dar uma
revisada porque uma das questões que devemos observar é onde se armazenam os
dados. Porque muitas vezes os dados são armazenado fora do Brasil,
principalmente o do Google. Queremos obrigatoriedade de armazenamentos de dados
de brasileiros no Brasil. E fazer revisão para ver o que pode garantir melhor a
privacidade", disse a presidente. (TAI NALON, BRENO COSTA, FLAVIA FOREQUE
e JOHANNA.Da redação, com informações deFolha.
Um comentário:
E como ficam, com essa violação de sigilos de estado, as nossas pesquisas nas áreas científica em andamento?... As questões de segurança nacional?...
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