Parceria vergonhosa entre o Poder Judiciário, o Ministério Público, parte da PF e esses bandidos da Operação Lava Jato.O que esperar de um juiz que recebe homenagem da TV Globo?
Paraná 247 - Dois
dos presos da Operação Lava Jato estão deixando a carceragem da Polícia
Federal, em Curitiba. São eles Dalton Avancini e Eduardo Leite, da
Camargo Correa. O motivo: os dois tiveram seus acordos de delação
premiada homologados pela Justiça.
Nas delações, ambos confirmaram a
tese que a força-tarefa da Operação Lava Jato pretende confirmar: a de
que as doações legais de campanha ao PT, na realidade, são "propina"
(saiba mais em "Após longa prisão, delator diz o que Moro quis ouvir").
O acordo de delação foi homologado
nesta terça e, como consequência, os dois executivos da Camargo estão
sendo liberados pelo juiz Sergio Moro. Avancini pagará ainda um multa de
R$ 5 milhões, enquanto Leite arcará com uma penalidade de R$ 2,5
milhões. Ambos ficaram mais de 120 dias presos, antes de aceitarem fazer
a delação premiada, que teve como recompensa a liberdade.
Há, no entanto, uma incoerência. Em
2010, a Camargo Corrêa doou R$ 5,4 milhões ao PSDB – mais do que os R$
4,5 milhões doados ao PT. No entanto, apenas as doações ao PT são
consideradas propina, enquanto valores transferidos a outros partidos
vêm sendo considerados doações legítimas, que talvez expressem
preferências ideológicas da empreiteira ou o direito de uma empresa
expressar sua cidadania.
A esse respeito, vale ler a análise do jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço em "Doação ao PT é propina; ao PSDB, é amor".
Levantamento das doações eleitorais junto ao TSE revela que os valores
doados pelas empreiteiras aos três maiores partidos: PT, PSDB e PMDB se
equivalem (saiba mais aqui).
Os dois executivos da Camargo também
denunciaram supostas propinas na construção da hidrelétrica de Belo
Monte, no Pará. A eles, nada foi questionado sobre obras realizadas pela
empreiteira junto a prefeituras ou governos estaduais.
Depois que a força-tarefa da Lava
Jato transformou doações legais ao PT – e apenas ao PT – em "propina", o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs um projeto que prevê a cassação do
registro de partidos políticos que possam ser enquadrados nessa
situação. O objetivo é colocar o PT na clandestinidade.
E nem é preciso desenhar.
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