247 – Na lista dos mais de 8 mil correntistas
brasileiros no HSBC na Suíça consta o tucano Márcio Fortes,
ex-tesoureiro do ex-presidente FHC e de José Serra.
Segundo reportagem do ‘Globo’, o primeiro vice-presidente do PSDB-RJ,
o ex-prefeito nunca mencionou nas declarações de bens que enviou ao
Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a existência de suas três contas no
país helvético. Em 2006/2007, o saldo era de US$ 2,4 milhões.
Durante a campanha de Serra à Presidência, em 2002, Fortes usou notas
frias e o PSDB chegou a ser multado em R$ 7 milhões. O valor das notas,
emitidas por uma empresa fantasma e por outra "inidônea", somavam R$
476 mil, segundo a Delegacia da Receita Federal de Brasília.
De acordo com o jornal ‘Folha de S.Paulo’, a empresa "inidônea",
desativada desde 1996, estaria registrada como sendo Marka Serviços de
Engenharia e pertenceria ao secretário-geral do PSDB (1999-2003), Márcio
Fortes.
Em 2000, o empresário foi a pessoa física que mais doou ao PSDB — o equivalente a 21% do total arrecadado. Fortes já foi presidente do BNDES (1987-1989) e secretário municipal de Obras do Rio (1993-1994).
Outros políticos de cinco partidos também foram citados no caso do
Swissleaks, como o ex-prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira
(PDT-RJ), seu secretário de Obras à época, José Roberto Mocarzel, e o
vereador Marcelo Arar (ex-PSDB quando enviou os recursos ilegais e, atualmente, no PT).
Lirio Parisotto, suplente de senador pelo PMDB-AM, e Daniel Tourinho,
presidente nacional do PTC, além das duas irmãs do deputado federal
Paulo Maluf (PP-SP), também foram citados pelo caso Swissleaks, que
abriu contas secretas do banco entre 2006 e 2007.
Os filhos do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB-MG)
possuem igualmente conta na Suíça, mas justificaram por meio de
documentos que os valores foram declarados.
Situação diferente é a do tucano Márcio Fortes, que não mencionou na
declaração de bens que enviou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) em
1998, a existência de suas contas no país helvético.
Todos os políticos citados na reportagem negaram ilegalidades relacionadas aos bens no paraíso fiscal (leia mais).
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