Ele disse que ia dobrar o salário dos professores.
O
aumento dos professores foi debatido na manhã desta segunda-feira (30)
na comissão de educação da Assembleia Legislativa. O projeto seguirá
agora para votação em plenário.
Se posicionaram a favor os deputados Eduíno Brito (PHS) e Adalto
Santos (PSB). Por ter ocorrido o empate, o deputado Ângelo Ferreira
(PSB) que presidia a reunião da comissão de educação, também deu voto
favorável ao projeto.
O líder da bancada de oposição, deputado estadual Silvio Costa Filho
(PTB), votou contra a aprovação do Projeto de Lei 79/2015, de autoria do
Governo do Estado, que atualiza o Piso Salarial dos Professores para
cerca de 4.060 docentes e exclui mais de 45 mil de qualquer reajuste.
Com a medida, 90% dos professores do Estado deixam de receber
aumento. Dos 4.060 professores que, segundo o projeto, devem receber o
aumento salarial, 1.777 terão direito a 13,01% de reajuste e 2.283
poderão ser reajustados em 0,89%.
“A oposição tem se manifestado completamente contrária ao projeto que
veio do Governo do Estado. O projeto não atende à categoria. Há um
conjunto de imperfeições e, de certa forma, é uma afronta aos
professores do Estado de Pernambuco. O nosso sentimento é de que o
governo precisava dialogar mais, sobretudo ter um gesto de humildade e
desprendimento. Não adianta querer usar a força, e aprovar, porque tem a
maioria da Casa. Tenho certeza que os professores de Pernambuco estão
profundamente insatisfeitos com este projeto que chegou à Casa, mas a
oposição vai cumprir o seu papel constitucional, que é o de lutar para
que este projeto não seja aprovado e que possa chegar um projeto que
beneficie a todos os professores de Pernambuco. É isto o que a gente tem
defendido aqui na Casa”, disse Silvio Costa Filho.
Insatisfeitos com a proposta do governo, os professores da rede
estadual realizaram na última semana uma paralisação de dois dias. O
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) também
decretou estado de greve da categoria.
Caso o Governo insista na proposta, os professores podem parar por tempo indeterminado.
O Ministério Público instaurou inquérito civil para esclarecer se o
governo estadual está cumprindo integralmente a Lei do Piso Salarial
Nacional do Magistério.JC Online
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