terça-feira, 31 de março de 2015

PE:Oposição responsabiliza Paulo Câmara por ultrapassar limite de gastos com pessoal


 
 
 
Foto: reprodução/Facebook
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O líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PTB), responsabilizou pessoalmente o governador Paulo Câmara (PSB), ex-secretário da Fazenda, pelo fato de o Estado ter ultrapassado o limite prudencial de gasto com pessoal, conforme informou nesta terça-feira (31) o jornalista Fernando Castilho, na coluna JC Negócios. Em fevereiro, os gastos do governo teriam chegado a 47,14%, quando o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal é de 46,55%.

“Isso está muito claro que são as contas que o secretário Paulo Câmara deixou para o governador Paulo Câmara”, alfineta Silvio Costa Filho. Para ele, por prever que 2015 seria um ano desafiador para a economia, o Governo do Estado devia ter começado a fazer o dever de casa em 2014, quando Câmara ainda era secretário. “O Estado gastou demasiadamente, de forma excessiva. Faltou planejamento”, diz.

Uma das principais críticas é a de que Paulo Câmara, por ser ex-secretário da Fazenda, conhecia a situação financeira estadual, as perspectivas de receita e arrecadação, e devia ter ponderado isso antes de prometer aumento de salários e realização de concursos na disputa eleitoral do ano passado.

O deputado do PTB defende a necessidade de um ajuste fiscal para reduzir o custo da máquina pública no Estado. “O Estado, há muito tempo, não chega a uma situação de desequilíbrio fiscal tão preocupante”, dispara.

Silvio Costa Filho defende uma redução de 20% no número de cargos comissionados no Governo do Estado, um corte nos gastos com publicidades e com custos como passagens, diárias e locação de veículos.

“O PSB defende nacionalmente que o governo federal reduza o custo da máquina pública. Então ele devia fazer o dever de casa. Até para dar credibilidade às suas cobranças no plano federal”, diz o petebista.

O líder da oposição também se diz preocupado com o déficit primário, com a capacidade de pagamento dos contratos de financiamento e com a política de renúncia fiscal implantada pelo Palácio do Campo das Princesas.

“No PAF, o Estado até tem margem para pegar mais empréstimo, mas não tem dinheiro para pagar as prestações”, afirma.

Para ele, Pernambuco cresceu além da capacidade nos últimos anos. “Se anunciou obras para ter uma vitória no cenário eleitoral. Foi assinada ordem de serviço. Mas não tem dinheiro para executar”, critica.

O tema deve ser cobrado, nesta quarta-feira (1º), às 9h30, na apresentação que o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, fará na Comissão de Finanças da Alepe.BJ.

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