Em fevereiro de 2012 – muito antes
que nascesse o “Vem pra Rua” – o nome de Rogério Chequer apareceu na
lista de e-mails da empresa de “inteligência global” Statfor, conhecida
como “the Shadow CIA”.
A lista foi hackeada dos computadores da empresa e divulgada peloWikileaks e,
é claro, sua autenticidade nunca foi confirmada. O arquivo do Wikileaks
onde consta seu nome pode ser baixado do site do Wikileaks aqui.
Chequer, que até então não teria
nenhuma razão para ser envolvido em assuntos políticos, está na 13a.
linha do arquivo e aparece identificado com a companhia “cyranony”.
E existe, de fato, uma companhia Cyrano NY, LLC , registrada como “companhia estrangeira” no
Estado de Delaware, um paraíso fiscal dentro do território americano, e
assim reconhecido até pela Receita Federal brasileira.
Não é possível saber, por isso, se a empresa tem a algo a ver com Chequerpara ser assim mencionada nos arquivos da Stratfor.
Portanto, de nada o se acusa, embora
ele, como figura pública que é, agora, talvez pudesse explicar o que
fez desde que seus negócios saíssem de um estado glorioso que tinha como
dono de um fundo de investimento nos EUA e viesse, em 2012, ser sócio
dos primos numa agência de publicidade especializada em produzir
apresentações de “power point”.
Porque, até 2008, tudo ia de vento em popa para Chequer nos EUA, que lançava novos produtos financeiros e apresentava um categorizado “Advisory Board” de sua Atlas Capital Manegment, que tinha entre os integrantes até um ex-diretor do Banco Central, Luiz Augusto de Oliveira Candiota, que se demitiu do cargo rebatendo denúncias, feitas pela Istoé, de ter uma conta não declarada no exterior.
Mas neste meio tempo, algo aconteceu
e não sei se por razões econômicas ou por saudades do Brasil, Chequer
se desfez de tudo, inclusive de sua bela mansão de cinco quartos no chique entorno de Nova York, em White Plains, considerado um dos dez melhores lugares para se viver perto da Big Apple.
Repito: ao contrário do que a mídia
costuma fazer, aqui não se acusa de nenhuma ilegalidade o sr. Rogério
Chequer. Tudo o que está publicado aqui está em documentos públicos,
oficiais, na Internet, ao alcance de qualquer cidadão.
Não é transparência o que o “Vem pra Rua” apregoa?
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