terça-feira, 5 de agosto de 2008

FUGINDO DA RAIA

Delegado da PF diz que não irá depor à CPI dos Grampos


Intimado a depor na condição de testemunha na reunião desta quarta (6) que retoma os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas da Câmara dos Deputados, a CPI dos Grampos, o delegado da Polícia Federal (PF), Protógenes Pinheiro de Queiroz, já comunicou à Secretaria da CPI que não irá depor.

Ele comandou a Operação Satiagraha que resultou na prisão de pessoas envolvidas em fraudes ao sistema financeiro, entre elas o banqueiro Daniel Dantas.

Diferente do delegado, Daniel Dantas deu como certo que vai depor na CPI no próximo dia 13, um dia depois do juiz da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, que autorizou as prisões e as escutas telefônicas da Operação Satiagraha.

Sem manifestar os motivos, o delegado Protógenes apenas responde aos contatos feitos pela Secretaria da CPI dizendo que não comparecerá para depor. Não se sabe qual a estratégia do delegado, mas pela Constituição Federal a CPI tem poder de polícia, ou seja, pode exigir que ele seja conduzido a depor.

Especialistas em desvendar casos de crimes financeiros, o delegado Protógenes já levou à prisão figuras como Paulo Maluf, o contrabandista Law Kin Chong, Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta.

Tanto a oposição quanto os governistas dão como certo, que no caso da presença do delegado na CPI, ele terá que falar sobre os motivos que o levaram a se afastar das investigações. O próprio presidente Lula disse que ele tinha o dever moral de continuar no processo.

Antes de deixar o comando da Satiagraha, Protógenes subscreveu um documento de 16 páginas, entregues à Procuradoria da República, no qual sustenta que sofreu obstruções e boicotes no comando da operação. Taxado de insubordinado, ele disse que precisou retornar a Brasília para fazer um cursos de atualização.

Motivos da convocação

A convocação do delegado é motivada por dois requerimentos na comissão. O primeiro do presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que cita matéria na imprensa dando conta de que o delegado Protógenes estaria sendo monitorado pela multinacional de espionagem Kroll, contratada pelo banqueiro Daniel Dantas. “Seria de grande valia para as conclusões de nossos trabalhos a oitiva do referido delegado”, justificou o deputado.

O segundo requerimento, de autoria do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), levanta o problema da suposta escuta telefônica no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

“A despeito de negativas do próprio presidente do STF, de que não foram detectados vestígios de escutas telefônicas em seu gabinete, os fatos que envolveram a prisão do banqueiro Daniel Dantas e a conseqüente concessão de alvará de soltura tal como é do conhecimento público justificam plenamente o requerimento que ora formulamos”, defende Jungmann.



Iram Alfaia, do Vermelho.



Comentários do Terror.


Interessante, esse camarada fez um estardalhaço enorme quando de seu afastamento, a pedido, do inquérito da Operação Satiagraha, que prendeu o megatrambiqueito Dainel Dantas, e, agora, está fugindo da raia.


Dr. Protégenes, essa será a sua grande chance para dizer à sociededade brasileira o que, realmente, levou o seu afastamento do caso.


O que não dá é o senhor ficar passando recadinho para o imprensalão.


Vá lá, diga quem mandou lhe afastar do inquérito, a sociedade brasileira está louca para saber.

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