quarta-feira, 6 de agosto de 2008

UFA! PROTÉGENES ABRIU O BICO

Protógenes admite atrito com grupo da PF durante Operação Satiagraha.
O delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz negou nesta quarta-feira, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas, da Câmara dos Deputados, ter havido pressão para que ele deixasse o comando da Operação Satiagraha. Entretanto, ele ponderou que, em toda operação, envolvendo “pessoas importantes”, há sempre obstáculos a serem transpostos.“Se esses obstáculos atrapalharam ou não a investigação, cabe ao Ministério Público esclarecer à sociedade”, disse.
Segundo o delegado, esta investigação também está sob sigilo.“Toda reestruturação atingem determinados setores. Dentro desta reestruturação, houve, por parte de um grupo [da PF], uma dificuldade comigo. Meu jeito, minha forma de trabalhar foi considerada leviana”, ponderou.
Queiroz evitou dar detalhes sobre a passagem da coordenação da operação à outra equipe alegando investigações cobertas por sigilo, mas repetiu o argumento de que o curso que faz na Academia Nacional de Polícia já estava programado, não sendo uma desculpa para seu afastamento.
Dantas é investigado por escutas ilegais
Sob alegação de limitação legal, Protógenes evitou confirmar se o grupo do banqueiro Daniel Dantas chegou a quebrar sigilos telefônicos na disputa da Brasil Telecom - empresa a qual o iG pertence.Porém, segundo o delegado, existem investigações na 5ª e 6ª Vara Criminal de São Paulo sobre o assunto. Existe a suspeita de que Dantas teria contratado a empresa Kroll para espionar concorrentes.
O delegado também afirmou não poder responder quando as interceptações telefônicas feitas pela PF a Daniel Dantas começaram. No entanto, declarou que o trabalho de investigação começou em 2004. Os deputados devem questionar sobre qual foi o tempo total de escutas. “Quase quatro anos é tempo demais”, disse o deputado Walderlei Macris (PSDB-SP).

Fonte: IG.

Comentários.

Na minha opinião, Protégenes fez uma belo trabalho no curso da investigação na Operação Satiagraha, só discordo dele na parte que deixou vazar trechos do inquérito para a imprensa(Leia-se a Globo, Folha de São Paulo).

Se o inquérito era sigiloso, tinha de ser mesmo, Protégenes não tinha o direito de vazar informações para a imprensa. E se não foi ele quem vazou, ele tem por obrigação apontar os culpados.

Entendo que os vazamentos só fizeram atrapalhar o curso da investigação, e vai dar chance para anulação do inquérito perante o Poder Judiciário.

Os instrumentos, os produtos dos crimes praticados pelo orelhudo se escafederam.

É incalculável a quantia que Daniel Dantas colocou em nome de terceiros por conta de vazamentos de informações sigilosas contidas no inquérito.
Por fim, não é nenhuma novidade o fato de delegado sofrer pressão durante curso de inquérito.
Assim como na política-partidária, cada delegado tem seu lado.Não é diferente na Polícia Federal.
Como diria o poeta Jessier Quirino: "derna o tempo que Adão foi cadete era assim"

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