sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AS CASSANDRAS NÃO ESTÃO GOSTANDO NADINHA DESTA NOTÍCIA

Confiança do consumidor cresce em setembro, apesar de crise, diz CNI



FolhaNews



A confiança do consumidor brasileiro medida pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) voltou a crescer no final do terceiro trimestre, apesar da piora na crise internacional de crédito e dos seus reflexos no Brasil.

O índice de confiança atingiu 115,6 pontos, o segundo maior valor da série histórica iniciada em 2001. Houve uma alta de 5,3% em relação à pesquisa de julho (segundo trimestre). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta é de 4,1%.

O levantamento foi feito entre os dias 19 e 22 de setembro, com 2.002 eleitores de 141 municípios de todo o Brasil.

As datas coincidem com a piora na crise internacional e seu desembarque no Brasil. No dia 19, quatro dias após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, o dólar teve forte alta e obrigou o BC a iniciar uma série de intervenções no mercado que duram até hoje.

O gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, diz que os resultados continuam altos porque a pesquisa foi feita no período em que a crise começava a se intensificar.

"O consumidor responde com o bolso, de acordo com a sua própria situação. Ele participou da pesquisa num momento ainda de bom emprego, de crescimento da renda", disse.

Inflação e emprego

Segundo a CNI, o aumento da confiança do consumidor se deve principalmente às expectativas de inflação e emprego, que melhoraram no período. Todos os indicadores que compõem o índice cresceram na comparação com julho. Em relação a 2007, apenas as perspectivas de inflação registraram piora.

O índice que mede a intenção do consumidor de comprar bens de maior valor bateu recorde e cresceu 4,9% na comparação com julho e 8,5% frente a setembro de 2007.
"A expectativa de compras em alta corrobora o bom momento da demanda interna, que ainda segue aquecida", diz a CNI.

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