quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SERÁ QUE O POVO DO RIO DE JANEIRO ESTÁ INTERESSADO NESTA INFORMAÇÃO?



Em debate, Paes e Gabeira admitem ter fumado maconha no passado

ANDRÉ ZAHAR

colaboração para a Folha Online, no Rio



Os candidatos a prefeito do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB) disseram nesta quinta-feira, durante debate promovido pela Folha, terem feito uso de maconha no passado. Os dois, porém, afirmaram que não experimentam mais a droga.


Adversários no 2º turno, Paes e Gabeira participam de debate promovido pela Folha
"Já experimentei maconha. Fumei, traguei e não gostei. Nunca mais usei", afirmou Paes, que se disse contra a descriminalização da droga. "Acho que maconha é um mal pra a sociedade. A droga está na raiz do problema desta cidade. A briga do traficante é pelo ponto de venda", assinalou.

Gabeira, que escreveu livros sobre a experiência com maconha, disse que não fuma mais por não considerar "razoável" exercer mandato no Legislativo e, ao mesmo tempo, "ter uma posição de desrespeitar a lei".

"Eu posso ter efeitos semelhantes ao relaxamento da droga através da meditação", disse. "Tem uma droga que eu uso muito hoje, que é H2O", brincou.

Sobre a posição de legalização da maconha, defendida historicamente por ele, o candidato do PV afirmou que sua proposta era mais radical quando suas "candidaturas eram propagandísticas, de lançar idéias para o futuro". Agora ele defende que a discussão seja adiada até uma reforma da polícia. "Só é possível decidir isso [legalizar ou reprimir] se houver uma polícia honesta e competente."

Panfletos apócrifos

Paes e Gabeira evitaram o confronto direto durante o debate, mas trocaram insinuações sobre propaganda negativa. O motivo foi a apreensão, na tarde desta quarta-feira, de 6.000 folhetos contra Gabeira em uma Kombi repleta de adesivos da campanha de Paes e com outros 3.000 panfletos da propaganda política do peemedebista.

"Os adversários usam tão mal seu dinheiro que acabam ajudando a fortalecer nossa campanha. Os panfletos apócrifos só servem para nos fortalecer", apontou Gabeira.

"Acho que essas campanhas apócrifas são condenáveis, fora o absurdo que acontece no campo que você [Gabeira] domina, que é a internet. E-mail apócrifo é muito ruim também", respondeu Paes.

"Se eu disse que domino a internet, é um absurdo, ninguém domina a internet", ironizou Gabeira.

Na saída do debate, o candidato do PMDB mostrou panfletos de propaganda negativa contra ele e reclamou de uma suposta tentativa do adversário de "fazer novela" e "se vitimizar". "A análise dele é completamente equivocada. Eu não me senti vítima, pelo contrário, me senti até beneficiado, eles estão ajudando a minha campanha", rebateu o verde.

Comentário.

Interessante.

Para o Grupo FSP, o novo arauto na defesa da minoria, o povo de São Paulo não está interessado em saber se Kassab gosta ou não da fruta. Do outro lado, para o Grupo Folha, o povo do RJ tem interesse em saber se Gabeira e Paes fumaram maconha.
Haja estupidez, haja hipocrisia.

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