quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dilma: é preciso transformar riqueza natural em riqueza social


10 de Setembro de 2009


"Podemos transformar a riqueza natural em riqueza social, para avançar a luta contra a pobreza", assegura a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao explicar ao mercado internacional o novo marco regulatório do petróleo anunciado pelo governo Lula e o papel da Petrobras, a maior estatal do país, na exploração da camada pré-sal.


Suas explicações estão em entrevista ao periódico britânico Financial Times, desta semana, na qual ela é muito clara a respeito da destinação dos recursos do pré-sal: "teremos educação de alta qualidade, vamos investir em ciência e tecnologia, e ao mesmo tempo, teremos a chance de criar uma indústria de serviços e equipamentos para acrescentar valor ao nosso petróleo".

Segundo Dilma, a grande discussão em torno do pré-sal (nota abaixo) diz respeito a quem, a qual segmento da nação se destina a riqueza gerada por esse petróleo da cama pré-sal.

Ao extrair petróleo, diz a ministra "você cria riqueza, já que o custo de produção é muito menor que seu preço final. Quando você recupera os custos e dá um bom retorno ao capital investido, ainda sobra renda. A questão é quem deve ficar com essa renda extra".

Vantagens da parceria com a Petrobras

Na entrevista, Dilma expõe as vantagens que uma companhia internacional obtém ao firmar parceria com a Petrobras para explorar a camada pré-sal.

Além da capacidade da estatal brasileira de transferir tecnologia, assinala Dilma, seu principal diferencial é que ela dispõe de conhecimento dos campos sedimentários brasileiros em águas profundas o que reduz os riscos e garante a alta rentabilidade na exploração do pré-sal.

"Por que argumentamos que a Petrobras deve ser a operadora?", pergunta a ministra, para responder em seguida: "porque ser a operadora significa ter acesso a tecnologia, ditar o ritmo de produção e, ao mesmo tempo, (decidir) a adoção da tecnologia específica mais apropriada àquela área."

Dilma também explica a participação das companhias internacionais nos comitês operacionais. "Não estamos tirando as companhias internacionais de petróleo do investimento. Estamos dizendo, olhe, venha e participe conosco porque você terá acesso a reservas enormes", enfatiza.

"A Petrobras, ao ser a operadora - reforça a ministra - reduz o risco por causa do conhecimento dela sobre os campos, e as empresas parceiras terão um retorno adequado porque as reservas são grandes".

Fonte: Blog do Dirceu

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