A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS TRABALHADORES POLICIAIS CIVIS – COBRAPOL – vem se manifestar publicamente sobre os atuais acontecimentos ocorridos em São Paulo/SP.
1 - A reivindicação por melhores salários da Polícia Civil/ SP é legítima. O Governo do Estado de São Paulo é que vem se esquivando, desde março do corrente ano, de negociar e enfrentar o problema: melhorar o salário de uma categoria massacrada pela dura rotina de defender a sociedade da criminalidade.
2 - O salário, dos Policiais Civis de São Paulo, é um dos piores do país. Vai de encontro com a proporção da criminalidade existente no Estado de São Paulo. Ou seja, aonde se tem os piores criminosos, os mais bem municiados sejam de armas sejam financeiramente; do outro lado, tem-se os Operadores da Segurança Pública que recebem o pior salário do país e ainda assim, cumprindo com seu o dever.
3 - Os acontecimentos do dia 16/10/2008 são reflexos da falta de políticas públicas eficientes na área de segurança pública aos longos de muitos anos.
4 - A manifestação, dos Policiais Civis, tinha o objetivo de obter uma negociação com o Governo do Estado, que os recebeu a bala. A participação no movimento de entidades sindicais de outras categorias de trabalhadores é legítima. Não foi um pedido dos Policiais Civis. Foi uma participação voluntária de uma parte da sociedade, que historicamente luta por melhorias nas condições de trabalho e que reconhece os justos anseios da categoria Polícia Civil.
5 - A COBRAPOL prima pela independência, não tem filiação partidária. Tem por objetivo, lutar pela valorização do Policial Civil e defender seus direitos. Por essa razão, colocamo-nos à disposição, do comando do movimento dos policiais civis e do Governo do Estado, para ajudar na abertura de negociações, visando tão-somente o fim do conflito e o retorno da normalidade dos serviços prestados à sociedade paulista.
6- Por último, esta entidade encaminhará uma comissão composta por vários líderes sindicais de todo país para o Estado de São Paulo, objetivando a observação do processo e ajudar nos esclarecimentos à imprensa nacional e a toda sociedade dos fatos que ocorrerem, sempre de forma isenta e ética, visando quaisquer tentativas de envolvimento de entidades e ou pessoas que possam se utilizar do movimento para descaracterizar a legitimidade das reivindicações da categoria.
Brasília-DF, 17 de outubro de 2008.
Jânio Bosco Gandra
Presidente da COBRAPOL.
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