Só mesmo através da
interferência de organismos internacionais a moralidade e legalidade poderão
ser restauradas em Minas Gerais. Á princípio imaginava-se que uma intervenção
federal seria suficiente para por fim as constantes quebras das garantias civis
e do Estado Democrático de Direito, porém sabe-se agora que a organização
criminosa que opera em Minas Gerais tem apoio e até mesmo participação de
integrantes da máquina pública federal.
Hoje sem medo de
cometer injustiça, pode-se afirmar que os diversos Poderes do Estado de Minas
Gerais encontram-se reféns de um grupo criminoso que ameaça, intimida, frauda,
seqüestra e mata sob a proteção das instituições do Governo do Estado. A
Polícia, o Ministério Público e a Justiça que deveriam combater a organização
criminosa estão imobilizadas devido o comprometimento de seus dirigentes.
Não se pode isentar
de culpa nem mesmo o governador, Antonio Anastasia, uma vez que é de seu total
conhecimento o que vem ocorrendo no Estado. É bem verdade que Anastasia herdou
de Aécio o esquema criminoso já montado, entretanto a permanência do mesmo
assim como de seus integrantes junto à máquina pública estatal
indiscutivelmente depende de sua cumplicidade.
Como já narrado em
outras reportagens, Minas Gerais se transformou em um Estado perigoso de se
viver, e principalmente para constituir família e criar filhos, em função da
inversão de valores após a eleição de Aécio Neves em 2002. Diante de seus
vícios e hábitos, sua ida para o Poder representou a captura das instituições
do governo por seus companheiros de vício e práticas.
Literalmente, a
droga, a corrupção e a pederastia, (não confundir com homossexualismo, opção
sexual) passou a ser quesito primordial para escolha de seus assessores e
auxiliares. Evidente que a imprensa pouco falou a este respeito devido à
censura imposta, contudo os que não eram adeptos do vício e das práticas de
Aécio foram afastados do círculo do Poder.
Até mesmo no
interior do Estado, tal fato ocorreu através da eleição de prefeitos e
vereadores adeptos do que se convencionou chamar de “modelo Aécio”.
Por justiça, é
necessário destacar que a grande maioria dos integrantes do TJMG e do MPMG vem
lutando contra este estado de desmanche institucional, porém, desembargadores,
juízes, promotores e procuradores são impotentes diante do comprometimento de
seus dirigentes com o “modelo Aécio”.
Durante seis anos
tramitou no TJMG o processo nº 0024.06.001.850-4 oriundo do inquérito nº
1027539, colhendo provas e depoimentos de integrantes e vítimas do esquema criminoso
montado no Poder Judiciário, no Ministério Público e na Polícia Civil do Estado
de Minas Gerais, até que o mesmo foi noticiado por Novojornal.
A partir deste
momento o processo passou a tirar o sono de Aécio Neves, pois as investigações
fatalmente chegariam a ele devido seu envolvimento em fatos apurados e citados
nas investigações e da comprovada participação de seus principais assessores e
amigos no esquema criminoso.
Além de Aécio,
grandes empresários, advogados e alguns integrantes dos Poderes, Executivo,
Legislativo, Judiciário do Ministério Público e da Polícia Civil de Minas
Gerais também passaram a temer o processo.
Após a instauração
do inquérito nº 3530 no STF em Brasília devido ao atentado contra Nilton
Monteiro atribuído a Clesio Soares Andrade, Eduardo Azeredo e Walfrido dos
Mares Guia o processo anteriormente citado passou a ser cobrado insistentemente
pela Polícia Federal, pelo STF e CNJ e ninguém o encontrava.
Segundo seus
colegas, incansável foi à busca pelo advogado Dino Miraglia, nas diversas varas
por onde passou o processo para encontrá-lo e comprovar serem verdadeiros os
documentos e fatos narrados por Milton Monteiro, que embora não condenado, se
encontra preso por prazo “indeterminado” sob a acusação de falsificação de documentos.
Diante da insistência do Dr. Dino o TJMG foi obrigado a certificar que o
processo havia desaparecido.
Consta da
representação do Dr. Dino ao CNJ, que o delegado Nabak, vem avocando todas as
investigações que tenham relação com o grupo criminoso a exemplo dos inquéritos
que estavam sob sua presidência quando de sua transferência do DEOESP e de ser
o responsável pelo desaparecimento do processo.
A atuação do
delegado é igualmente investigada em vários procedimentos instaurados pelo
Ministério Público Mineiro e através da Ação Penal do processo nº
0024.13.003.776-6 por ter ameaçado de morte o advogado de Monteiro, Dr. Dino
Miraglia.
Enquanto isto,
Nilton Monteiro permanece como preso político do PSDB mineiro, tendo em vista
ter entregado a “Lista de Furnas”, a “Lista do Mourão”, AP 2280 ao STF e por
ser a principal testemunha de acusação no processo do “Mensalão Tucano”.
Segundo versão corrente no meio jurídico, dificilmente o mesmo sairá vivo da
prisão, principalmente, após o atentado conforme apurado no inquérito 3530 do
STF.
Novojornal teve
acesso à representação do Advogado Dino Miraglia e de Milton Monteiro ao
Conselho Nacional de Justiça – CNJ, acompanhada das principais peças constantes
do processo desaparecido.Tais peças são disponibilizadas com exclusividade para
nossos leitores. Trata-se de documentos que chocam qualquer cidadão comum, pois
mostram as vísceras do Poder construído por Aécio Neves e seu grupo.
Importante: Todos
os documentos apresentados nesta reportagem estão autenticados e a disposição
do TJMG com o advogado Dr. Dino Miraglia, caso o Tribunal queira restaurar o
processo desaparecido.
Documentos que fundamentam a matéria:
Documentos que fundamentam a matéria:
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