Crise atinge o PIB no elevador, perto da cobertura
O IBGE informa: o PIB brasileiro cresceu 6,8% no terceiro trimestre de 2008, em comparação como o mesmo período do ano passado.
A taxa acumulada dos últimos 12 meses -encerrados em setembro-registra um PIB tonificado em 6,3%. Coisa extraordinária, que não se via há décadas.
Considerando-se que o Copom tende a manter os juros em 13,75%, essa talvez seja a última boa notícia econômica do ano.
Mal comparando, é como se a economia brasileira estivesse dentro de um elevador. Que enguiçou subitamente. Há um esforço coletivo para evitar o pânico.
Suponha que o ano seja um prédio. O PIB subia em direção à cobertura, no 12º piso. Ali haveria uma festa de arromba.
Na altura de outubro, o 10º andar, a crise embarcou no elevador. E a coisa desandou. Os mais neuróticos só conseguem enxergar o botão de "emergência".
Sabe-se que, em 2009, não haverá nenhuma tragédia. O PIB não vai se sustentar em 6,3%, o acumulado nos 12 meses até setembro.
Mas o elevador também não vai despencar. Deve virar o ano na altura dos 5%. O governo diz que, em 2010, vai conseguir contornar a situação.
De concreto, tem-se o seguinte: o PIB de 5% previsto para 2009 é o ponto mais próximo que o Brasil conseguirá chegar da grande festa.
Trancafiados no elevador, os brasileiros se entreolham, apreensivos. Estão submetidos à força da crise. Funciona como a força da gravidade, que não admite ser desafiada.
Elevador é um lugar naturalmente constrangedor. Quando paralisado, produz silêncios e barulhos constrangedores.
A angústia só termina no fim da viagem. No momento, torce-se por uma descida controlada, que acabe antes do fosso.
Bóia no ar uma combinação tácita: já que o destino e a ruína dos EUA colocaram o Brasil nessa situação, convém que o país não faça nada para piorá-la.
Escrito por Josias de Souza
A taxa acumulada dos últimos 12 meses -encerrados em setembro-registra um PIB tonificado em 6,3%. Coisa extraordinária, que não se via há décadas.
Considerando-se que o Copom tende a manter os juros em 13,75%, essa talvez seja a última boa notícia econômica do ano.
Mal comparando, é como se a economia brasileira estivesse dentro de um elevador. Que enguiçou subitamente. Há um esforço coletivo para evitar o pânico.
Suponha que o ano seja um prédio. O PIB subia em direção à cobertura, no 12º piso. Ali haveria uma festa de arromba.
Na altura de outubro, o 10º andar, a crise embarcou no elevador. E a coisa desandou. Os mais neuróticos só conseguem enxergar o botão de "emergência".
Sabe-se que, em 2009, não haverá nenhuma tragédia. O PIB não vai se sustentar em 6,3%, o acumulado nos 12 meses até setembro.
Mas o elevador também não vai despencar. Deve virar o ano na altura dos 5%. O governo diz que, em 2010, vai conseguir contornar a situação.
De concreto, tem-se o seguinte: o PIB de 5% previsto para 2009 é o ponto mais próximo que o Brasil conseguirá chegar da grande festa.
Trancafiados no elevador, os brasileiros se entreolham, apreensivos. Estão submetidos à força da crise. Funciona como a força da gravidade, que não admite ser desafiada.
Elevador é um lugar naturalmente constrangedor. Quando paralisado, produz silêncios e barulhos constrangedores.
A angústia só termina no fim da viagem. No momento, torce-se por uma descida controlada, que acabe antes do fosso.
Bóia no ar uma combinação tácita: já que o destino e a ruína dos EUA colocaram o Brasil nessa situação, convém que o país não faça nada para piorá-la.
Escrito por Josias de Souza
Comentário.
É vergonhoso como essa mídia imunda torce contra o governo Lula.Josias de Souza, neste texto, ultrapassou o limite da imbecilidade. É visível a torcida contra deste bundão. Por isso o Terror diz: VAI SIFU, JOSIAS!
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