segunda-feira, 31 de maio de 2010

Todos contra o tucano

Centrais unificam agenda política e mobilização eleitoral contra o PSDB Quase 30 anos depois da última tentativa do movimento sindical para unificar suas lutas, cinco das seis centrais sindicais do país esper am reunir 30.000 militantes amanhã, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, para a Conferência Nacional da Classe Tra balhadora destinada à aprovação de uma pla ta - forma política e eleitoral comum. A conferência será precedida hoje, também na capital paulista, pela segunda Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, articulada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que reúne 28 entidades e organizações.

A C onferência Nacional da C lasse Trabalhador a foi convocada em janeiro pela Central Única dos Trabal hadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Tra balhadores e Traba lhadoras do Brasi l (CTB) , a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).


Das seis centrais r econhecidas pelo Ministério do Trabalho, só não participará da conferência a União Geral dos Trabalhadores (UGT), que tem dirigentes igados ao DEM e ao PPS, aliados da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República. As centrais que promovem o evento não decla - rarão apoio a uma candidatura, mas se manifestarão contrárias ao retorno do PSDB e do DEM ao coman - o do g overno federal, d ev erão d estac ar o diálogo mantido entre o Governo Lula e os movimentos sociais e apre sentarão u ma lista de rei vindica ções baseada em plenárias que realizaram em 15 estados. "Será um documento com propostas bem objetivas para serem imp lementadas pelo próximo governo.


A ideia é somar forças em agendas unitári as de mobilização, em grandes passeatas comuns e capaze s de interferir n o processo eleitoral, inclus ive com a for mação d e comitês populares e pluripartidários para a eleição”, diz Lúcia Stumpf, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes.


O primeiro esboço do documento das centrais foi divulgado ao fim da 10ª edição do Fó ru m So cia l Mundial, em Porto Alegre. A manhã, a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora deverá aprovar a 8ª versão do texto, publicada nos últimos dias nos sites das centrais com o título “Agenda da Classe Trabalha - dora – Para um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho”. No Manifesto Político que abre o docume nto, as centrais apontam “um enorme déficit social a ser superado”, mas reconhecem que a distribuição de renda e as condições de vida da população melhoraram em con sequência do “crescimento econômico dos últimos anos, apoiado principalmente pelo fortalecimento do mercado interno e em políticas re dis tributivas”. Para as centrais, a superação do déficit social exige que o crescimento econômico “esteja orientado para a ampliação do mercado interno de consumo de massa, com a geração de emprego e a ampliação da renda do trabalho”. Ao mesmo tempo, segundo o Manifesto, “é necessário avançar nas diferen tes políticas sociais, em especial nas áreas de educação, saúde, habitação, infraestrutura e de trans ferência de renda”.Brasília Confidencial.

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