Golpe: a gente vê
por aqui. Plin Plin!
Não é o povo – no
sentido mais abrangente da palavra – que está nas ruas. Quem verdadeiramente
usa os serviços públicos tem mais o que fazer. Não está nas passeatas. E quem
protesta, protesta de barriga cheia. Pobres, negros e trabalhadores das
periferias não foram convocados. Porque são invisíveis para a elite. Sujeira
social.
Além dos
engolidores de manchetes panfletárias que odeiam o PT gratuitamente – no que,
aliás, se resume sua “consciência política” -, há a “tropa de elite” mascarada
que se infiltrou no movimento do MPL e tomou-lhe as rédeas. São aqueles
mercenários que Serra ajuntou em 2010.
Não confio em
mascarados. Qualquer fã do MMA, UFC e similares, pode tornar-se um autêntico
Anonymous. Basta comprar a máscara, que custa R$ 9,99 no site Mercado livre e
sair por aí mordendo bandeira vermelha. Intolerância, fanatismo, preconceito
racial/social, homofobia – são sentimentos que contagiam fácil os distraídos de
carteirinha.
Sem partido é o
mesmo que sem cabeça. 50 mil aqui, 60 mil ali, 80 mil, 100 mil. O anti petismo
obteve 44 milhões de votos em 2010. Hoje, algumas dezenas de milhares desses
eleitores pegaram carona nas manifestações e foram para as ruas “trabalhar” o
golpe.
A Globo convoca os
protestos diariamente. Dá data, horário e local. Depois manda cobrir. O
repórter escolhe uma família branca, bem vestida, escadinha de filhos básica.
Serão os “manifestantes pacíficos que estão nas ruas”. O material coletado por
suas câmeras vai para a central de jornalismo golpista. Lá editam a injeção que
o JN vai aplicar no telespectador. Tomam o cuidado de separar o trigo do joio –
como as faixas anti-Globo e qualquer faixa que fale mal do PSDB.
A Globo pinta os
manifestantes como uma espécie de juventude-68, porém higienizada, esvaziada de
qualquer sentido político. Falsificação barata de quem é expert em fazer novela
pra boi dormir. A juventude de 68 – ano de turbulências no mundo inteiro – tinha
bandeiras autênticas. A consciência política os levou às ruas. O fim da guerra
do Vietnã, a igualdade de direitos da mulher, a libertação sexual, anarquismo …
Aqui hoje, a Globo edita como quer. Seleciona imagens e “narra os fatos”
direcionando toda a energia das ruas contra Dilma.
Se o governo atual
fosse do PSDB, esses manifestantes seriam acusados de comunistas – já que
levantam as mesmas bandeiras que a esquerda levanta há mais de um século. A
começar pelo MPL. Onde já se viu passagem de graça? Vagabundo quer passear de
metro o dia todo? É coisa de petista, querendo instalar o comunismo castrista
no Brasil.
Para uns, ir à
passeata tornou-se uma alternativa de programa familiar dominical. Para outros
virou balada noturna. Quando gritam suas palavras de ordem sem contexto
político algum, ficam parecendo zumbis andando em círculos. Não fazem a menor
idéia de que o processo em andamento hoje é similar ao que nos levou à 21 anos
de ditadura militar.
“Queremos saúde de
qualidade”, repetem. Mas pagam convênio médico. Nunca puseram os pés num posto
de saúde. Aliás, são reféns da máfia dos planos de saúde.
“Queremos educação
de qualidade”. Mas estudam ou tem filhos estudando em escola particular. Não
fazem idéia de como é uma sala de aula de escola pública.
“Transporte de
qualidade” – mas deixaram o carro na garagem e vieram de metrô, narizes
tampados, nojo de pobre.
A Globo homenageia:
acordaram, estão fazendo revolução, história. Mas certamente a história lhes
fará justiça. Serão lembrados como mais um rebanho conduzido pela mídia que
devolveu o país à condição de vira-latas internacional. Como em 64. Sem por nem
tirar.
Fonte:O que será que me dá?
Um comentário:
dia 03 de julho, oprotesto é nas portas das lobos, emtodo o pais,contraas corrupções que estepoderoso corrptorfaz o tempo todocom a nação brasileira, contraa sonegação da globo,
José do Carmo Ribeiro de Paiva
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