O Banco Central do
Brasil anunciou, nesta sexta-feira (2), a liquidação extrajudicial do Banco
Rural S.A., com sede em Belo Horizonte, "em decorrência do comprometimento
da sua situação econômico-financeira e da falta de um plano viável para a recuperação
da situação do banco".
O banco está envolvido no caso do mensalão do PSDB. Na denúncia da PGR, o STF (Supremo Tribunal
Federal) entendeu estar comprovado que na campanha de Eduardo Azeredo(PSDB-MG ao governo de Minas Gerais, no ano de 1998, houve um esquema de desvio de dinheiro público e
empréstimos fictícios para a compra de votos de parlamentares aliados do tucano.Faz mas de 15 anos do esquema e até agora não foi julgado.
O banco foi procurado
pela reportagem do Terrornews, mas até o momento não se posicionou.
Em comunicado, o BC
explicou que a medida deveu-se ao "comprometimento da sua situação
econômico-financeira e da falta de um plano viável para a recuperação da
situação do banco". O regulador também disse ter detectado graves
violações às normas legais e sucessivos prejuízos que sujeitam os credores a
risco anormal.
A decisão atinge as
demais empresas do conglomerado: o Banco Rural de Investimentos; o Banco Rural
Mais; o Banco Simples e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
De porte pequeno, o
Banco Rural detinha, em março, 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do
sistema financeiro, segundo dados do BC.
A data de liquidação
considerada do Rural é 3 de junho de 2013. O BC nomeou Osmar Brasil de Almeida
como liquidante do grupo.
O Banco Central
afirma que irá tomar todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades
legais para garantir os direitos dos correntistas. Os bens dos controladores e
dos ex-administradores da instituição vão ficar indisponíveis, segundo a
autoridade monetária.
Segunda intervenção
do BC em dois meses
É a segunda
intervenção da autoridade monetária em instituições financeiras do país em
menos de dois meses.
Em 19 de junho, o BC
decretou a liquidação extrajudicial do Banco BVA, que estava sob intervenção
desde outubro de 2012. Em setembro de 2012, o BC liquidou os bancos Cruzeiro do
Sul e Prosper.
Quatro dirigentes do Banco
Rural foram acusados de participação no esquema do mensalão. Eles concederam
empréstimos ao publicitário Marcos Valério sem as garantias exigidas. A Folha, obviamente, tratou do mensalão do PT, esquecendo que o Banco Rural, além da Copasa, CEMIG, Telemig, também financiou o caixa dois do PSDB.
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