IBGE acaba de
divulgar o crescimento do segundo trimestre: 1,5%, quando o topo das
estimativas de mercado apontava 1,3%; crescimento em seis meses já é maior do
que o previsto por instituições financeiras o ano todo; ontem, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, afirmou que foi plantado no País um "pessimismo
artificial"; investimentos também cresceram com força; ritmo anualizado é
de 6%; para o ministro, a "confiança foi restaurada"
247 - Mais uma
ducha de água fria nos pessimistas. O IBGE acaba de divulgar, nesta manhã, o
PIB do segundo trimestre do ano. A economia brasileira cresceu 1,5% no período,
o que geraria um ritmo anual de 6%. É um número forte – e que surpreendeu o
mercado, uma vez que a mais otimista das previsões apontava crescimento de
1,3%.
No primeiro
trimestre, o crescimento havia sido de 0,6%. Com o número do segundo trimestre,
já se tem uma expansão superior a 2%, quando instituições financeiras, como o
Itaú Unibanco, vinham apontando um desempenho medíocre, ao redor de 1,7% no
ano.
Ontem, durante a
entrega do prêmio Melhores da Dinheiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
falou sobre a economia. "Foi plantado um pessimismo totalmente artificial
no País", afirmou, sem antecipar os números do PIB. "Mas isso ficou
para trás e o que importa, agora, é olhar para a frente".
Um dado
significativo da pesquisa foi a formação bruta de capital fixo, que aponta que
os investimentos cresceram 3,6%. Ou seja: os empresários voltaram a apostar no
futuro. "Apesar desse pessimismo artificial, a confiança foi
restaurada", disse o ministro Mantega.
Abaixo, do noticiário
da Agência Brasil:
Economia brasileira
cresce 1,5% no segundo trimestre, aponta IBGE
Vitor Abdala
Repórter da Agência
Brasil
Rio de Janeiro – A
economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao
trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país, totalizou R$ 1,2 trilhão no período de
abril a junho, segundo dados divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre,
o PIB havia crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior. Pelo lado da
produção, o principal destaque foi a agropecuária, que teve alta de 3,9% no
trimestre em relação ao trimestre anterior. Também registraram crescimento os
setores da indústria (2%) e serviços (0,8%)
Pelo lado da
demanda, houve crescimento na formação bruta de capital fixo - que representa
os investimentos, de 3,6%, no consumo do governo (0,5%) e no consumo das
famílias (0,3%). As exportações tiveram alta de 6,9%, enquanto as importações
subiram apenas 0,6% no período.
Na comparação com o
segundo trimestre de 2012, o PIB teve crescimento de 3,3%. A economia também
cresceu 2,6% no acumulado do ano e 1,9% no acumulado de 12 meses.
Agropecuária e
construção civil são destaques no segundo trimestre
Os segmentos da
agropecuária e da construção civil, com altas de 3,9% e 3,8%, respectivamente,
foram os destaques da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, na
comparação com o trimestre anterior.
Segundo a gerente
de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o bom desempenho da agropecuária é
puxado pelo aumento da produção de soja, milho, feijão e arroz. "Todos com
safra relevante nesse trimestre. E todos com ganho de produtividade, isto é,
com um aumento de produção maior do que a área plantada", disse.
Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB),
que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,5% no período.
Todos subsetores da economia tiveram crescimento. A indústria da transformação
e o comércio tiveram alta acima da média, ambos com 1,7%.
Os demais
subsetores tiveram as seguintes taxas de aumento: intermediação financeira,
previdência complementar e serviços relacionados (1,1%); indústria extrativa
mineral (1%); transporte, armazenagem e correio (1%); serviços de informação
(0,9%) ; produção e distribuição de eletricidade, gás e água (0,8%); outros
serviços (0,7%); atividade imobiliária e aluguel (0,7%); e administração, saúde
e educação públicas (0,1%).
Na comparação com o
segundo trimestre de 2012, a agropecuária também foi o principal destaque, com
alta de 13%. Também cresceram acima da taxa de 3,3% do PIB, os setores da
indústria da transformação (4,6%); construção civil (4%); e comércio (3,5%).
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