Tensão máxima em SP antes do "dia D" de Alckimin
Será que vai dar no Jornal Nacional?
Governador será
alvo de grandes protestos nesta quarta-feira 14, contra o esquema de
favorecimento em obras do Metrô e trens no Estado, conforme denúncia da
Siemens; o principal, organizado pelo Sindicato dos Metroviários, terá o apoio
do Movimento Passe Livre, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de
militantes do PT; material de divulgação faz menção a "negociatas dos
governos do PSDB"; outro ato está programado para acontecer em frente à
Assembleia Legislativa e visa cobrar a instalação de uma CPI para investigar o
caso
A cidade de
São Paulo vive um clima de tensão máxima um dia antes do que deve ser o
"Dia D" do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Grandes eventos estão
sendo mobilizados com um único objetivo: criticar e cobrar investigação e
punição aos envolvidos no cartel e no esquema de favorecimento em licitações de
obras do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em São
Paulo, segundo denúncia da empresa Siemens.
De certa forma, o
governador se adiantou nesta terça-feira 13, ao anunciar que irá processar a
multinacional alemã e exigir ressarcimento aos cofres públicos devido aos
prejuízos que o Estado sofreu com o superfaturamento de obras. Mas a verdade é
que a medida também pode ser vista como forma de mostrar providência, uma vez
que as denúncias também apontam que os governadores do PSDB estavam cientes do
esquema durante todo o tempo.
A principal
mobilização está sendo organizada pelo Sindicato dos Metroviários e terá o
apoio do Movimento Passe Livre (MPL) – responsável por dar início aos protestos
de junho – da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de militantes do PT. Um
material de divulgação faz menção a "negociatas dos governos do
PSDB", mas integrantes do MPL não são favoráveis a classificar o
"Fora, Alckmin" como bandeira principal do ato. A concentração será
no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, a partir das 15h.
Para Nina Capello,
integrante do movimento, "não é pontualmente o Alckmin o responsável por
esses atos de corrupção, apesar dos indícios de que os governos do PSDB tinham
conhecimento de tudo". Segundo ela, o Passe Livre, apesar de se declarar
apartidário, se unirá ao protesto dos "trabalhadores" para denunciar
os problemas do transporte público. Num ato recente, o MPL usou como discurso o
fato de que se não houvesse desvios nas obras do transporte, a tarifa poderia
ser mais barata para os usuários.
Outra manifestação
está programada para as 17h, em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, e
tem como objetivo cobrar a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) para investigar o caso. A intenção da Central de Movimentos
Populares é levar 500 pessoas ao local, a fim de ocupar as galerias e a entrada
da Casa. O PT tenta criar a comissão no Legislativo, mas sofre pressão do
partido governista no Estado.
Os protestos devem
ainda adquirir contornos políticos não apenas contra Alckmin, que pode virar a
bola da vez, depois do governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), mas também
contra o PSDB e seus 20 anos – cinco gestões consecutivas – no comando do
Estado de São Paulo. As denúncias de licitações no Metrô e CPTM, por exemplo,
envolvem todos os governadores tucanos: Mario Covas, a primeira gestão de
Geraldo Alckmin e José Serra.Brasil 247
Um comentário:
Agora ou vai ou racha, a população em massa precisa participar para pressionar uma investigação a fundo e punir todos os culpados.
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