Médicos brasileiros envergonham o Brasil
Que triste! Que ridículo!
Manifestantes ligados ao Sindicato dos
Médicos do Ceará (Simce) , realizam protesto durante a saída do grupo de 79
médicos selecionados pelo programa Mais Médicos, do governo Federal, participavam
de curso na
A foto acima diz
tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701
municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi
hostilizado e vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica:
com quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que
lhe nega apoio?
Brasil 247 - Em nenhum
país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui,
são chamados de "escravos" por colunistas da imprensa brasileira
(leia mais aqui) e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem
roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em
Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens
profissionais brasileiras.
Detalhe: os
cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701
municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito
da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão
tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma
classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a
tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem
que o "Brasil não vai tolerar a xenofobia" (leia mais aqui).
Ontem, o governo
também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros
ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico
brasileiro terá seu emprego "roubado" por cubanos, espanhóis,
argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a
população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os
médicas que decidiram vaiá-lo?
Abaixo, reportagem
da Agência Brasil sobre a carteira provisória dos profissionais estrangeiros:
Aline Leal
Valcarenghi, Repórter da Agência
Brasil
Brasília - O
governo federal publicou ontem (26) decreto determinando que a carteira
provisória dos médicos com diploma estrangeiro que atuarão pelo Mais Médicos
deverão trazer mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora
das atividades do programa.
Para atuar no
Brasil, médicos formados no exterior precisam fazer o Exame Nacional de
Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). No entanto, a medida provisória que
cria o Mais Médicos prevê que os profissionais que forem trabalhar por meio do
programa não precisarão passar pelo procedimento para atuar no local
especificado pelo Ministério da Saúde. Se o médico inscrito quiser atuar em
outro local, deverá passar pelo Revalida.
O registro
provisório do "médico intercambista" deverá ser solicitado ao
Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado onde o médico atuará. Os
conselhos regionais disseram que entrariam na Justiça para terem o direito de
não registrar os profissionais que não têm o Revalida. O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, disse que esta é uma determinação legal, e portanto, deve
ser cumprida.
Segundo o decreto
presidencial, a declaração de participação do médico intercambista no Mais
Médicos, acompanhada dos documentos especificados, é condição necessária e
suficiente para a expedição de registro profissional provisório e da carteira
profissional.O registro deverá ser expedido pelo CRM no prazo de 15 dias a partir
da apresentação do requerimento pela coordenação do programa.
O decreto publicado
hoje prevê ainda que o supervisor e o tutor acadêmico, que acompanharão
trabalho dos médicos que atuarão pelo programa, poderão ser representados
judicial e extrajudicialmente pela Advocacia-Geral da União, entidade que
defende a União.
Os tutores são
professores indicados pelas universidades federais que aderiram ao programa. Já
os supervisores podem ser profissionais de saúde ou docentes das instituições.
De acordo com o Ministério da Educação, que determina o processo de supervisão,
haverá um tutor para cada dez supervisores, e um supervisor para no máximo dez
médicos. Os supervisores deverão fazer visitas periódicas aos médicos, no
mínimo uma por mês.
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