Jornalista Suzana
Singer afirma que o noticiário da Folha sobre o caso Siemens teria sido mais
equilibrado se o jornal tivesse citado que o escândalo dos trilhos tem paternidade tucana.
Na trilha do cartel
No caso Siemens,
jornal errou ao preservar, no início, o PSDB, mas acertou ao não propagar
acusações sem provas(ah! tá! quando é petista pode propagar acusações sem provas).
Há DUAS semanas, a
Folha vem sendo sendo alvo de uma "guerrilha verbal" na internet,
para usar uma expressão que o jornal cunhou no editorial "Mitos das redes
sociais", do domingo passado.
O objetivo dos
"guerrilheiros cibernéticos" é levar a Folha a publicar denúncias
sobre o envolvimento de políticos tucanos no cartel formado em licitações de
trem e metrô de São Paulo.
As armas dessa
guerrilha são a divulgação de reportagens da "IstoÉ", posts em blogs
governistas e correntes no Facebook acusando o jornal de "blindar o
PSDB".
Para saber se a
causa dessa militância é justa, é preciso separar opinião e fato. Foi aFolha
quem primeiro divulgou que a multinacional Siemens fechou um acordo com as
autoridades antitruste brasileiras para delatar a existência do cartel, do qual
ela própria fazia parte.
Em 14 de julho, o
assunto ocupou a manchete. A reportagem informava que o cartel funcionou em ao
menos seis licitações, mas alertava que "não se sabe ao certo o tamanho
real, o alcance, o período em que atuou e o prejuízo causado".
Dez dias depois, a
"IstoÉ" estampou "O propinoduto do tucanato paulista", com
uma reportagem que retomava o depoimento, de 2008, de um ex-funcionário da
Siemens. O denunciante, anônimo, tinha planilhas que comprovariam a formação de
cartel e o repasse de dinheiro para offshores de lobistas.
Embora a revista
tenha rasgado duas fotos de Geraldo Alckmin e José Serra, o texto não trazia
evidência de envolvimento dos governadores nem de pagamento de propina. Havia
apenas o ex-funcionário falando de subornos a políticos, "na maioria
tucanos", e a diretores da CPTM (Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos).
Esse mesmo
depoimento tinha sido publicado em 2009 pela "CartaCapital", mas, na
época, não teve maior repercussão.
Segundo a
Secretaria de Redação, a Folha não recuperou a informação publicada pela
revista porque o denunciante se recusou a falar sobre o caso para o jornal.
No final da semana
passada, a "IstoÉ" voltou à carga, desta vez tentando quantificar o
tamanho do prejuízo causado pelo superfaturamento de trens e metrô. A fonte
eram "pessoas ligadas à investigação", que corre no Ministério
Público de São Paulo e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A
conclusão era que os cofres paulistas perderam R$ 425 milhões.
A Folha
"respondeu" com uma reportagem em que afirmava que o "cálculo do
que foi superavaliado depende de levantamento de contratos assinados pela CPTM
e pelo Metrô", o que ainda não foi feito.
O jornal,
acertadamente, evitou repercutir o que não era apuração própria, mas cometeu um
erro: as duas reportagens publicadas até então não mencionavam que partido
estava no governo quando o cartel atuava.
O quadro publicado
junto aos textos listava várias licitações sob suspeita sem mencionar que elas
ocorreram em gestões tucanas -entre a "prática criminosa que trafegou sem
restrições pelas administrações Covas, Serra e Alckmin" ("IstoÉ")
e a assepsia do noticiário da Folha, era possível deixar o noticiário mais
informativo e equilibrado.
"Folha noticia
caso do superfaturamento do Metrô de SP (...) e não cita o nome de ninguém do
governo tucano. Nunca vi nada igual!! Rabo preso com o PSDB??", tuitou, na
segunda-feira, o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP). O blog
"Tijolaço" lançou outra frase de efeito para ser repassada pelos
"guerrilheiros": a Folhainventou a corrupção sem corruptor.
A manchete de
anteontem -"Governo paulista deu aval a cartel do metrô, diz
Siemens"- silenciou boa parte dos críticos. Pela primeira vez, o nome de
um tucano (Mário Covas) apareceu em destaque no jornal.
A reportagem,
baseada em documento apresentado pela Siemens ao Cade, dizia que o governo de São
Paulo é acusado de ter dado aval para a formação do cartel e que esse conluio
teria perdurado durante as administrações Alckmin e Serra.
Foi dado espaço ao
"outro lado" e tomou-se o cuidado de não partir para conclusões
precipitadas, como fez a "guerrilha cibernética", interessada em
divulgar, com estridência, acusações não fundamentadas.
Como lembrou o
colunista Elio Gaspari, o fato de uma empresa do tamanho da Siemens estar
disposta a colaborar cria uma oportunidade ímpar de "expor o metabolismo
das roubalheiras nacionais".
O jornal não pode
perder essa chance. Só que sem timidez nem açodamento.
2 comentários:
Mas se a DITABRANDA, tivesse um pouco de isenção jornalistica com a realidade do Brasil, ela deixaria de receber dinheiro do Tesouro Paulista.
Por isso que o PSDB possui o benefício da impunidade pela imprensa.
Acho que a MAIS CHEIROSA ombudsman não sabe disso!?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
OTÁRIO NEM ENGANA OS FAKES SEMPRE OS MESMOS.
TENHO DÓ DO TERRORISTA MANÍACO QUE SÓ AMA LULARÁPIO
DÁ UMAZINHA COM A TUA MULHER HOMI! NORDESTINO , ELA DEVE ESTAR SECA.
Depois engole o lula todo ATÉ O BAGAÇO O SENHOR COME!
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