domingo, 4 de agosto de 2013

Ombudsman acerta quando critica a Folha por omitir PSDB no propinoduto tucano, mas erra ao exigir provas da propina






Jornalista Suzana Singer afirma que o noticiário da Folha sobre o caso Siemens teria sido mais equilibrado se o jornal tivesse citado que o escândalo dos trilhos tem paternidade tucana.


Na trilha do cartel

No caso Siemens, jornal errou ao preservar, no início, o PSDB, mas acertou ao não propagar acusações sem provas(ah! tá! quando é petista pode propagar acusações sem provas).

Há DUAS semanas, a Folha vem sendo sendo alvo de uma "guerrilha verbal" na internet, para usar uma expressão que o jornal cunhou no editorial "Mitos das redes sociais", do domingo passado.

O objetivo dos "guerrilheiros cibernéticos" é levar a Folha a publicar denúncias sobre o envolvimento de políticos tucanos no cartel formado em licitações de trem e metrô de São Paulo.

As armas dessa guerrilha são a divulgação de reportagens da "IstoÉ", posts em blogs governistas e correntes no Facebook acusando o jornal de "blindar o PSDB".

Para saber se a causa dessa militância é justa, é preciso separar opinião e fato. Foi aFolha quem primeiro divulgou que a multinacional Siemens fechou um acordo com as autoridades antitruste brasileiras para delatar a existência do cartel, do qual ela própria fazia parte.

Em 14 de julho, o assunto ocupou a manchete. A reportagem informava que o cartel funcionou em ao menos seis licitações, mas alertava que "não se sabe ao certo o tamanho real, o alcance, o período em que atuou e o prejuízo causado".

Dez dias depois, a "IstoÉ" estampou "O propinoduto do tucanato paulista", com uma reportagem que retomava o depoimento, de 2008, de um ex-funcionário da Siemens. O denunciante, anônimo, tinha planilhas que comprovariam a formação de cartel e o repasse de dinheiro para offshores de lobistas.

Embora a revista tenha rasgado duas fotos de Geraldo Alckmin e José Serra, o texto não trazia evidência de envolvimento dos governadores nem de pagamento de propina. Havia apenas o ex-funcionário falando de subornos a políticos, "na maioria tucanos", e a diretores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Esse mesmo depoimento tinha sido publicado em 2009 pela "CartaCapital", mas, na época, não teve maior repercussão.

Segundo a Secretaria de Redação, a Folha não recuperou a informação publicada pela revista porque o denunciante se recusou a falar sobre o caso para o jornal.

No final da semana passada, a "IstoÉ" voltou à carga, desta vez tentando quantificar o tamanho do prejuízo causado pelo superfaturamento de trens e metrô. A fonte eram "pessoas ligadas à investigação", que corre no Ministério Público de São Paulo e no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A conclusão era que os cofres paulistas perderam R$ 425 milhões.

A Folha "respondeu" com uma reportagem em que afirmava que o "cálculo do que foi superavaliado depende de levantamento de contratos assinados pela CPTM e pelo Metrô", o que ainda não foi feito.

O jornal, acertadamente, evitou repercutir o que não era apuração própria, mas cometeu um erro: as duas reportagens publicadas até então não mencionavam que partido estava no governo quando o cartel atuava.

O quadro publicado junto aos textos listava várias licitações sob suspeita sem mencionar que elas ocorreram em gestões tucanas -entre a "prática criminosa que trafegou sem restrições pelas administrações Covas, Serra e Alckmin" ("IstoÉ") e a assepsia do noticiário da Folha, era possível deixar o noticiário mais informativo e equilibrado.

"Folha noticia caso do superfaturamento do Metrô de SP (...) e não cita o nome de ninguém do governo tucano. Nunca vi nada igual!! Rabo preso com o PSDB??", tuitou, na segunda-feira, o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP). O blog "Tijolaço" lançou outra frase de efeito para ser repassada pelos "guerrilheiros": a Folhainventou a corrupção sem corruptor.

A manchete de anteontem -"Governo paulista deu aval a cartel do metrô, diz Siemens"- silenciou boa parte dos críticos. Pela primeira vez, o nome de um tucano (Mário Covas) apareceu em destaque no jornal.

A reportagem, baseada em documento apresentado pela Siemens ao Cade, dizia que o governo de São Paulo é acusado de ter dado aval para a formação do cartel e que esse conluio teria perdurado durante as administrações Alckmin e Serra.

Foi dado espaço ao "outro lado" e tomou-se o cuidado de não partir para conclusões precipitadas, como fez a "guerrilha cibernética", interessada em divulgar, com estridência, acusações não fundamentadas.

Como lembrou o colunista Elio Gaspari, o fato de uma empresa do tamanho da Siemens estar disposta a colaborar cria uma oportunidade ímpar de "expor o metabolismo das roubalheiras nacionais".


O jornal não pode perder essa chance. Só que sem timidez nem açodamento.

2 comentários:

Henrique disse...

Mas se a DITABRANDA, tivesse um pouco de isenção jornalistica com a realidade do Brasil, ela deixaria de receber dinheiro do Tesouro Paulista.

Por isso que o PSDB possui o benefício da impunidade pela imprensa.

Acho que a MAIS CHEIROSA ombudsman não sabe disso!?

Graziela disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

OTÁRIO NEM ENGANA OS FAKES SEMPRE OS MESMOS.

TENHO DÓ DO TERRORISTA MANÍACO QUE SÓ AMA LULARÁPIO
DÁ UMAZINHA COM A TUA MULHER HOMI! NORDESTINO , ELA DEVE ESTAR SECA.

Depois engole o lula todo ATÉ O BAGAÇO O SENHOR COME!