domingo, 4 de agosto de 2013

FHC — o Neoliberal I — sofre de amnésia, fala muito e não diz nada


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre



“FHC é exemplo de cidadão e político coxinha. Ele foi criado nos gabinetes das academias e nos salões das mansões dos ricos, bem como nos palácios e palacetes que desde cedo sempre deu o seu ar da graça”.

O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — teve mais um “tijolão” publicado na imprensa corporativa e de mercado, que há décadas o tem como o seu farol político e ideológico, no que diz respeito a estar no campo de direita e de oposição aos governos trabalhistas que conquistaram eleitoralmente e democraticamente a Presidência da República, a partir do ano de 2003.

FHC somente não pode escrever no The New York Times, porque quem é o titular de uma coluna mensal no jornal mais famoso do mundo é o ex-presidente trabalhista Luiz Inácio Lula da Silva, aquele que realizou governos muito mais competentes e melhores socialmente e economicamente que os governos do grão-tucano, bem como tem muito mais prestígio internacional do que o ex-mandatário do PSDB, que, inconformado e irritado, não consegue disfarçar a sua grande inveja em relação ao petista.

Afinal de contas, o trabalhista Lula, ex-operário de origem paupérrima, nordestino, considerado pelas “elites” um pau-de-arara e que tem um dedo a menos em uma de suas mãos deve estar cansado de ganhar medalhas, comendas e diplomas dos reitores das universidades mais respeitadas do mundo e do Brasil, coisa que, definitivamente, não acontece com o tucano neoliberal FHC, que optou por submeter o poderoso País da América Latina aos interesses e aos ditames dos governos, dos banqueiros e das multinacionais dos países desenvolvidos.

Contudo, está mais claro do que dia de sol a pino que o reconhecimento dos reitores, das academias de expressão e dos mandatários de inúmeros países é o resultado do que o governante trabalhista e a sua equipe de ministros realizaram. Lula assumiu um País quase falido, com reservas internacionais quase negativas e nenhuma credibilidade, a ter como exemplos simbólicos o “puxão de orelha” que o FHC recebeu do ex-presidente Bill Clinton na frente de vários presidentes e primeiros ministros de países desenvolvidos, além de seu chanceler, o diplomata Celso Lafer, ter tirado os sapatos, a mando de um subalterno, em aeroporto de New York. Não é preciso dizer nada mais.

O Governo de Lula foi de inclusão social, inegavelmente, porque aberto ao diálogo com a sociedade civil, com os empresários e os políticos, além de ter criado condições para efetivar a interface com os países emergentes, pobres e principalmente com as nações da América do Sul, que, no passado, sempre desconfiaram do Brasil por causa de seu tamanho e poder econômico e que atualmente dialogam com o gigante País de língua portuguesa, fundador do Mercosul, do Brics, da Unasul e do G-20.

Essas novas realidades ocasionaram a abertura de fronteiras até então fechadas e a derrubada de obstáculos entre os países, no que é relativo ao comércio exterior, aos intercâmbios de pesquisa, culturais e políticos, o que, sem sombra de dúvida, cooperou para dar fim às rivalidades sem sentido, aos preconceitos, bem como favoreceu a formalização de contratos e acordos internacionais, tanto no âmbito empresarial quanto nas esferas governamentais e de conhecimento técnico, científico e cultural.

Enquanto os governantes e economistas trabalhistas brasileiros efetivaram um processo de distribuição de renda e riqueza, além de recuperarem a infraestrutura do Brasil, pois sabiam que a demanda interna por consumo e as exportações iriam crescer exponencialmente e dessa forma evitar que a crise estadunidense e europeia de 2008 se alastrasse, inclusive, em toda a América do Sul, o governo do ex-presidente tucano FHC — o Neoliberal I — resolveu implementar, de forma radical, pois sem limites, o modelo neoliberal.

Modelo vinculado às grandes corporações banqueiras e empresariais, a exemplo do Banco Mundial (Bird) e do FMI, instituições de pirataria e rapinagem dominadas pelos Estados Unidos e meia dúzia de países de passados colonizadores, que hoje sofrem com uma crise econômica e financeira sem precedentes, porque até os empregos os seus povos perderam. O crash de 1929 é incomparavelmente menos grave do que a crise atual, pois hoje vivemos em um mundo globalizado, com um comércio internacional infinitamente maior e com uma população global que, em comparação com a de 1929, nos leva a pensar que o mundo daqueles tempos idos era despovoado.

A verdade é que o trabalhista Lula nunca vai ser perdoado pelas “elites” historicamente escravocratas brasileiras e estrangeiras, pois tais “elites” são farinhas do mesmo saco e da mesma ideologia de dominação sobre as classes sociais populares, responsáveis maiores pela riqueza daqueles que são os inquilinos do pico da pirâmide social. E é dessa forma que os ricos do Brasil e do exterior e a classe média portadora e replicadora dos valores, dos princípios e dos conceitos se comportam perante o nordestino que foi para São Paulo ainda pequeno para ganhar a vida.

Essa gente preconceituosa e elitista não perdoa o petista, porque se considera superior, porque o sentimento de classe é arraigado, como se fosse instintivo, a lutar pela sobrevivência, mesmo sabendo que os números e índices econômicos do governo trabalhista de Lula são inquestionavelmente maiores que o do tucano FHC — o Neoliberal I —, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, além de ter vendido o patrimônio público que ele e seus comparsas não construíram, porque quem edificou as principais estatais deste País foi o presidente estadista e trabalhista Getúlio Dornelles Vargas, que teve de dar um tiro no peito, em agosto de 1954, para evitar que a direita escravagista brasileira tomasse o poder em um golpe de estado — o que aconteceu, porque a direita somente chegou ao poder dez anos depois, em 1964, e todo mundo sabe no que deu tal golpe. Ou não sabe?

Entretanto, o motivo deste artigo é o blá blá blá sem sentido e desconcatenado do senhor Neoliberial I publicado nos jornais e revistas do sistema midiático privado, historicamente golpista, encastelados no Instituto Millenium, e propriedade de meia dúzia de famílias, que querem fazer do Brasil de 200 milhões de habitantes, além de ser a sexta maior economia do mundo, o quintal de suas casas.

FHC tem uma capacidade cognitiva sofrível e lamentável, por se tratar de um cidadão considerado e festejado pela burguesia como um intelectual. Só que os seus textos não tem pé e nem cabeça, pois são uma miscelânea de lugares comuns e que, definitivamente, não se contrapõem às realidades dos avanços sociais e econômicos conquistados pelo povo brasileiro nas administrações de Lula e da presidenta Dilma Rousseff. FHC é exemplo de cidadão e político coxinha. Ele foi criado nos gabinetes das academias e nos salões das mansões dos ricos, bem como nos palácios e palacetes que desde cedo sempre deu o seu ar da graça.

FHC só tem espaço na imprensa nativa, pois como colunista do The New York Times ele foi demitido.  Quando o tucano escreve, ele não diz nada com nada, apesar de o ex-presidente falar muito. O “ideólogo” do PSDB não apresenta uma única proposta concreta de governo ou qualquer projeto de país. Quem duvida do que eu afirmo que trate de lê-lo. Seu texto é de uma pobreza intelectual que chega a ser estéril e faz com que muitos leitores desconfiem de seu conhecimento sobre as questões brasileiras. É como se o tucano fosse, irremediavelmente, divorciado dos interesses e dos sonhos do povo brasileiro. Afirmo ainda que o FHC como intelectual é uma farsa como pensador, porque forjado pela burguesia tupiniquim e pelas editorias de política da imprensa alienígena e de direita.


Por fim, chego à conclusão que o político do PSDB sofre de uma terrível e predadora amnésia, porque todo mundo sabe, até as pessoas mais ingênuas e desinformadas, que o governo de tal tucano foi um retumbante fracasso, porque seus números econômicos e sociais são ridículos e não refletem, por exemplo, a arrogância, a prepotência, a vaidade e a total falta de discernimento de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — sobre, inclusive, quem ele é e a quem ele representa. É isso aí.


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