Por Davis Sena
Filho — Blog Palavra Livre
“FHC é exemplo de
cidadão e político coxinha. Ele foi criado nos gabinetes das academias e nos
salões das mansões dos ricos, bem como nos palácios e palacetes que desde cedo
sempre deu o seu ar da graça”.
O ex-presidente
tucano Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — teve mais um “tijolão”
publicado na imprensa corporativa e de mercado, que há décadas o tem como o seu
farol político e ideológico, no que diz respeito a estar no campo de direita e
de oposição aos governos trabalhistas que conquistaram eleitoralmente e
democraticamente a Presidência da República, a partir do ano de 2003.
FHC somente não
pode escrever no The New York Times, porque quem é o titular de uma coluna
mensal no jornal mais famoso do mundo é o ex-presidente trabalhista Luiz Inácio
Lula da Silva, aquele que realizou governos muito mais competentes e melhores
socialmente e economicamente que os governos do grão-tucano, bem como tem muito
mais prestígio internacional do que o ex-mandatário do PSDB, que, inconformado
e irritado, não consegue disfarçar a sua grande inveja em relação ao petista.
Afinal de contas, o
trabalhista Lula, ex-operário de origem paupérrima, nordestino, considerado
pelas “elites” um pau-de-arara e que tem um dedo a menos em uma de suas mãos
deve estar cansado de ganhar medalhas, comendas e diplomas dos reitores das
universidades mais respeitadas do mundo e do Brasil, coisa que,
definitivamente, não acontece com o tucano neoliberal FHC, que optou por
submeter o poderoso País da América Latina aos interesses e aos ditames dos
governos, dos banqueiros e das multinacionais dos países desenvolvidos.
Contudo, está mais
claro do que dia de sol a pino que o reconhecimento dos reitores, das academias
de expressão e dos mandatários de inúmeros países é o resultado do que o
governante trabalhista e a sua equipe de ministros realizaram. Lula assumiu um
País quase falido, com reservas internacionais quase negativas e nenhuma
credibilidade, a ter como exemplos simbólicos o “puxão de orelha” que o FHC
recebeu do ex-presidente Bill Clinton na frente de vários presidentes e
primeiros ministros de países desenvolvidos, além de seu chanceler, o diplomata
Celso Lafer, ter tirado os sapatos, a mando de um subalterno, em aeroporto de
New York. Não é preciso dizer nada mais.
O Governo de Lula
foi de inclusão social, inegavelmente, porque aberto ao diálogo com a sociedade
civil, com os empresários e os políticos, além de ter criado condições para
efetivar a interface com os países emergentes, pobres e principalmente com as
nações da América do Sul, que, no passado, sempre desconfiaram do Brasil por
causa de seu tamanho e poder econômico e que atualmente dialogam com o gigante
País de língua portuguesa, fundador do Mercosul, do Brics, da Unasul e do G-20.
Essas novas
realidades ocasionaram a abertura de fronteiras até então fechadas e a
derrubada de obstáculos entre os países, no que é relativo ao comércio
exterior, aos intercâmbios de pesquisa, culturais e políticos, o que, sem
sombra de dúvida, cooperou para dar fim às rivalidades sem sentido, aos
preconceitos, bem como favoreceu a formalização de contratos e acordos
internacionais, tanto no âmbito empresarial quanto nas esferas governamentais e
de conhecimento técnico, científico e cultural.
Enquanto os
governantes e economistas trabalhistas brasileiros efetivaram um processo de
distribuição de renda e riqueza, além de recuperarem a infraestrutura do
Brasil, pois sabiam que a demanda interna por consumo e as exportações iriam
crescer exponencialmente e dessa forma evitar que a crise estadunidense e
europeia de 2008 se alastrasse, inclusive, em toda a América do Sul, o governo
do ex-presidente tucano FHC — o Neoliberal I — resolveu implementar, de forma
radical, pois sem limites, o modelo neoliberal.
Modelo vinculado às
grandes corporações banqueiras e empresariais, a exemplo do Banco Mundial
(Bird) e do FMI, instituições de pirataria e rapinagem dominadas pelos Estados
Unidos e meia dúzia de países de passados colonizadores, que hoje sofrem com
uma crise econômica e financeira sem precedentes, porque até os empregos os
seus povos perderam. O crash de 1929 é incomparavelmente menos grave do que a
crise atual, pois hoje vivemos em um mundo globalizado, com um comércio
internacional infinitamente maior e com uma população global que, em comparação
com a de 1929, nos leva a pensar que o mundo daqueles tempos idos era
despovoado.
A verdade é que o
trabalhista Lula nunca vai ser perdoado pelas “elites” historicamente
escravocratas brasileiras e estrangeiras, pois tais “elites” são farinhas do mesmo
saco e da mesma ideologia de dominação sobre as classes sociais populares,
responsáveis maiores pela riqueza daqueles que são os inquilinos do pico da
pirâmide social. E é dessa forma que os ricos do Brasil e do exterior e a
classe média portadora e replicadora dos valores, dos princípios e dos
conceitos se comportam perante o nordestino que foi para São Paulo ainda
pequeno para ganhar a vida.
Essa gente
preconceituosa e elitista não perdoa o petista, porque se considera superior,
porque o sentimento de classe é arraigado, como se fosse instintivo, a lutar
pela sobrevivência, mesmo sabendo que os números e índices econômicos do
governo trabalhista de Lula são inquestionavelmente maiores que o do tucano FHC
— o Neoliberal I —, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires
nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, além de ter vendido o patrimônio
público que ele e seus comparsas não construíram, porque quem edificou as
principais estatais deste País foi o presidente estadista e trabalhista Getúlio
Dornelles Vargas, que teve de dar um tiro no peito, em agosto de 1954, para
evitar que a direita escravagista brasileira tomasse o poder em um golpe de
estado — o que aconteceu, porque a direita somente chegou ao poder dez anos
depois, em 1964, e todo mundo sabe no que deu tal golpe. Ou não sabe?
Entretanto, o
motivo deste artigo é o blá blá blá sem sentido e desconcatenado do senhor
Neoliberial I publicado nos jornais e revistas do sistema midiático privado,
historicamente golpista, encastelados no Instituto Millenium, e propriedade de
meia dúzia de famílias, que querem fazer do Brasil de 200 milhões de
habitantes, além de ser a sexta maior economia do mundo, o quintal de suas
casas.
FHC tem uma
capacidade cognitiva sofrível e lamentável, por se tratar de um cidadão
considerado e festejado pela burguesia como um intelectual. Só que os seus
textos não tem pé e nem cabeça, pois são uma miscelânea de lugares comuns e
que, definitivamente, não se contrapõem às realidades dos avanços sociais e
econômicos conquistados pelo povo brasileiro nas administrações de Lula e da
presidenta Dilma Rousseff. FHC é exemplo de cidadão e político coxinha. Ele foi
criado nos gabinetes das academias e nos salões das mansões dos ricos, bem como
nos palácios e palacetes que desde cedo sempre deu o seu ar da graça.
FHC só tem espaço
na imprensa nativa, pois como colunista do The New York Times ele foi
demitido. Quando o tucano escreve, ele
não diz nada com nada, apesar de o ex-presidente falar muito. O “ideólogo” do
PSDB não apresenta uma única proposta concreta de governo ou qualquer projeto
de país. Quem duvida do que eu afirmo que trate de lê-lo. Seu texto é de uma
pobreza intelectual que chega a ser estéril e faz com que muitos leitores
desconfiem de seu conhecimento sobre as questões brasileiras. É como se o tucano
fosse, irremediavelmente, divorciado dos interesses e dos sonhos do povo
brasileiro. Afirmo ainda que o FHC como intelectual é uma farsa como pensador,
porque forjado pela burguesia tupiniquim e pelas editorias de política da
imprensa alienígena e de direita.
Por fim, chego à
conclusão que o político do PSDB sofre de uma terrível e predadora amnésia,
porque todo mundo sabe, até as pessoas mais ingênuas e desinformadas, que o
governo de tal tucano foi um retumbante fracasso, porque seus números econômicos
e sociais são ridículos e não refletem, por exemplo, a arrogância, a
prepotência, a vaidade e a total falta de discernimento de Fernando Henrique
Cardoso — o Neoliberal I — sobre, inclusive, quem ele é e a quem ele
representa. É isso aí.
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