Por Davis Sena
Filho — Blog Palavra Livre
As Organizações(?)
Globo sempre tentaram passar uma ideia que é querida pelo povo brasileiro. Ledo
engano. As pessoas sabem do que se tratam tais organizações e do que os seus
proprietários, os irmãos Marinho, são capazes para terem seus interesses
concretizados, bem como são conhecidos como porta-vozes não somente dos
conservadores tupiniquins, mas também da direita internacional, que luta desde
o início da humanidade para limitar e estancar o desenvolvimento social e
econômico da humanidade.
Com a conquista da
Presidência da República há 11 anos por parte dos trabalhistas, além da
ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT), partido reformista e não
revolucionário, os meios de comunicação privados e de concessão pública dos
Marinho deixaram de lado o pudor e passaram a fazer oposição política e
intermitente contra os governos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff.
Algo que somente se
viu no Brasil nos governos, coincidentemente trabalhistas, de Getúlio Vargas e
João Goulart, presidentes igualmente trabalhistas e que foram ilegalmente
derrubados do poder por criminosos que rasgaram a Constituição, a fim de
atender os seus anseios financeiros, ideológicos e de submissão rastaquera aos
Estados Unidos, país useiro e vezeiro em promover e financiar golpes de estado,
bem como invasor contumaz de territórios de incontáveis nações através dos
séculos.
O problema de
organizações, a exemplo da Globo e de O Globo, é que os seus proprietários por
serem poderosos e influentes pensam que governam o Brasil, sem, contudo, terem
sido eleitos. Considero arrogância e prepotência tais disparates e insensatez,
que chegam às raias da insanidade de homens que administram um poderoso grupo
econômico quererem pautar um País que recentemente superou os 200 milhões de
habitantes e atualmente é a sexta maior economia do mundo.
O Brasil não é o
quintal da casa dos irmãos Marinho e muito menos de seus empregados tão
dedicados em agradá-los, que chegam ao ponto de superar os seus afazeres e a
fazer mais do que as suas realidades de empregados lhes permitem. A
cumplicidade, o apoio desavergonhado e a aliança com a direita partidária
brasileira herdeira direta da escravidão é uma mácula que as Organizações(?)
Globo não vão conseguir retirar de suas peles, porque o apoio aos militares
golpistas está marcado como tatuagem de um regime crudelíssimo que torturou e
matou os seus adversários políticos, que foram tratados como inimigos, mesmo a
ter sob controle os órgãos de repressão do estado nacional, além das Forças
Armadas.
Quem tem o controle
do estado não usa o estado para massacrar os seus adversários, mesmo se eles
pegarem em armas, porque somente pega em armas é quem se sente reprimido,
oprimido e perseguido. As ditaduras não dialogam, Por isto que censuram,
demitem, perseguem, exilam, prendem, torturam e matam.
E a Globo e O Globo
e a imprensa de mercado em geral compactuaram, serviram, apoiaram e
participaram da ditadura militar, bem como se locupletaram das benesses do
estado brasileiro, a quem esses empresários magnatas e bilionários combatem,
desejam e apostam na efetivação de um estado mínimo, que não controle e
fiscalize as mega corporações como a Globo, que está a ser acusada de sonegar
mais de R$ 600 milhões em apenas um escândalo relativo aos direitos da Copa do
Mundo de 2002.
Agora, vamos à
pergunta que não quer calar: o que as Organizações(?) Globo e o restante da
imprensa burguesa já não fez no sentido de sonegar em uma existência
empresarial que remonta há décadas? Não sei responder e acho que não a Receita
ou o Banco Central sabem. Mas sei que os irmãos Marinho não vão enganar o povo
brasileiro para sempre, por intermédio de bravatas e leviandades de seus
áulicos da moralidade e dos bons costumes também chamados de jornalistas.
O jornal O Globo
fez hoje uma mea culpa sobre as suas falhas, em forma de editorial. Contudo,
talvez para amenizar os seus golpes baixos e não ficar sozinho na condição de
golpista, no decorrer de sua história, afirmou que outros órgãos da imprensa
comercial e privada também, tal qual ao jornal impresso dos Marinho
participaram do golpe militar, bem como o apoiaram efetivamente.
A Folha de S.
Paulo, por exemplo, emprestava os seus carros com logotipo aos policiais e
militares de órgãos de repressão como o DOI-Codi e o Dops do policial civil
reconhecidamente torturador e assassino da dimensão do delegado Sérgio Paranhos
Fleury, morto depois como queima de arquivo da ditadura militar. A verdade é
que esses magnatas do setor midiático lutam, diuturnamente, contra a
emancipação do povo brasileiro e a independência do Brasil.
Eles são párias no
que diz respeito à nacionalidade e se comportam como alienígenas no que é
referente a se alinhar com os interesses do Brasil, porque, invariavelmente,
são os porta-vozes dos grandes capitalistas e por isto e por causa disto essas
realidades se contrapõem à luta dos que querem o desenvolvimento do Brasil, que
ainda tem minha pobreza, que vitima o seu povo, alvo de todo tipo de violência
e discriminação.
Todavia, O Globo
fez a sua mea culpa e, consequentemente, tenta amenizar a sua condição de um
dos verdugos protagonistas da ditadura militar de 21 anos que ceifou vidas e,
de forma infamante, torturou corpos, deixou rotas milhares de almas e causou
dor sem fim a incontáveis famílias brasileiras. O estado a matar os seus
próprios cidadãos em nome de um regime draconiano, que foi edificado para
garantir a uma elite empresarial e política de direita a concentração das
riquezas deste País, bem como evitar que elas fossem distribuídas, além da dar
fim a programas e projetos econômicos, estruturais e sociais efetivados pelos
socialistas e trabalhistas em um período de 34 anos (1930/1964).
Agora, a família
Marinho, aquela que sempre boicotou e sabotou o desenvolvimento e a emancipação
do povo brasileiro, juntamente com a família Mesquita, do jornal O Estado de S.
Paulo, e a família Frias, de a Folha de S. Paulo, faz um mea culpa, como lobo
em pele de cordeiro. Com a nova ascensão ao poder dos trabalhistas, a partir de
2003, os magnatas bilionários das comunicações resolveram fazer uma oposição
acirrada e inquestionavelmente voltada para desqualificar os projetos de País e
os programas de governo de Dilma e Lula, bem como descontruir as suas imagens
perante o povo brasileiro que, majoritariamente, votou e elegeu os dois
presidentes socialistas e trabalhistas e, portanto, de esquerda.
A partir do
fortalecimento e da disseminação da blogosfera de esquerda na internet, ou
seja, dos sites e dos blogs progressistas também chamados de “sujos”, os meios
de comunicação hegemônicos e corporativos passaram a ser combatidos e o
jornalismo produzido por essas poderosas companhias passou a ser frontalmente
questionado por jornalistas experientes que conhecem o ofício, o sistema de
controle e de manipulação da informação, bem como os bastidores da grande
imprensa empresarial.
A partir desse
processo, milhares de blogs e sites “sujos” se tornaram também fonte de
informação e referência para milhões de pessoas que desejavam e ainda querem se
informar além do sistema de monopólio de informação das grandes corporações
midiáticas. E por quê? Porque o trabalho da blogosfera mostrou,
inquestionavelmente, que a imprensa de negócios privados tem cor, tem lado, tem
partido e ideologia. E por isto e por causa disto faz política, oposição e se
alia a partidos conservadores como o PSDB dos tucanos e o DEM, legítimo
herdeiro da escravidão ao tempo que o pior partido do mundo, que já foi Arena,
PDS e PFL.
Porém, não acaba
por aqui. Os executivos, os jornalistas e os “ideólogos” das Organizações(?)
Globo, que estão aboletados no Instituto Millenium, continuam os seus périplos
históricos e continuam a maldizer e a propagar intrigas por meio de notícias
irrefragavelmente distorcidas e manipuladas. Eles são os escribas das más
notícias e das falas polêmicas, pois o objetivo é sabotar o programa de Governo
e, por conseguinte, inviabilizar o processo de desenvolvimento do Brasil e com
isso submetê-lo aos interesses do grande capital.
O Globo hoje se
arrepende de sua participação golpista, mas apoia efetivamente o
conservadoríssimo Instituto Millenium, onde empresários, políticos e
jornalistas defendem teses já derrotadas e fracassadas do modelo neoliberal,
que derreteu as economias de países poderosos e comprovou que a ausência de
fiscalização e regulamentação dos banqueiros, por exemplo, é a mesma coisa do
que uma pessoa se suicidar. Ponto.
Somente os lorpas e
os pascácios, como diria o jornalista Nelson Rodrigues, que ainda, por serem
caras-de-pau e mentalmente lentos, defendem o neoliberalismo, um modelo de
pirataria e rapinagem, que levou à bancarrota inúmeros países da América
Latina, bem como deixou na miséria povos trabalhadores, que ficaram, inclusive,
sem acesso ao emprego. Realmente, tempos duros e o fim da picada. E tem gente
que tem ainda a desfaçatez de defender um mau negócio como foi o
neoliberalismo. Durma-se com um barulho desse.
O Milleninum, lugar
onde os direitistas deste País propõem, por meio de palavras “leves” e pouco
usuais no palavreado popular, até golpe de estado. O Millenium, que,
incontestavelmente, lembra os golpistas pré 1964, a exemplo do Instituto
Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), fundado em 1959, e do Instituto de
Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), de 1961. As duas entidades reuniram
militares, empresários, jornalistas, diplomatas e partidos e políticos de
oposição, que conspiraram contra o governo popular do presidente trabalhista
João Goulart (PTB), deposto em 1964 e que somente retornou morto à sua terra,
em 1976.
E o jornal O Globo
pede desculpas em seu editorial mequetrefe, como se estivesse arrependido,
quando na verdade não está. Lobo é lobo! Escorpião é escorpião! E quanto a
essas realidades e verdades nada se pode fazer. A natureza desses empresários é
de dominância contra os mais fracos e os que podem menos. São somente
subservientes quando seu “deus” começa a diminuir a sua presença. Trata-se do
“deus dinheiro”, combustível de poder das seis famílias midiáticas que dominam
o mercado de mídias e não aceitam, de forma alguma, ter que viver um Brasil
democrático, justo, autônomo e independente.
Os grandes
capitalistas ganham dinheiro com a pobreza alheia. E, para isso, contam com a
simpatia de parte da população para seus propósitos mercantilistas. As pessoas
que compram a ideologia e o pensamento torto dos barões da imprensa fazem parte
de uma classe muito peculiar: a conservadora e preconceituosa classe média e
média alta. São com as classes médias que os donos do capital contam, e para
elas fazem política. Só que, com o tempo, a classe média vai,
irremediavelmente, dividir-se, porque ninguém é enganado a vida inteira e a
verdade é que nunca conheci qualquer pessoa que gostasse de ser considerada
trouxa.
Entretanto, a
partir das manifestações de junho, os barões da imprensa e os seus asseclas
perceberam uma mudança, que através do tempo vai recrudescer: é que as palavras
de ordem “O povo não é bobo! Abaixo a Rede Globo!” se transformou em realidade
latente e, consequentemente, descambou para a violência.
De repente e não
mais do que de repente, os repórteres da Rede Globo e até mesmo da CBN tiveram
de, em um primeiro momento, cobrir os protestos à distância, depois passaram a
encobrir os logotipos dos microfones de suas empresas e, posteriormente,
somente conseguiram cobrir as manifestações que os jornalistas da Globo
inadvertidamente insistiam em chamá-las de “pacíficas” de helicópteros.
A palavra
“pacífica” se tornou uma metáfora na boca dos jornalistas da Globo, pois tal
palavra usada tinha por finalidade amenizar ou suavizar a violência dos
protestantes e as depredações do patrimônio público, privado e histórico. E por
que os repórteres, comentaristas e apresentadores da Globo e da CBN se
transformaram em pessoas tão suaves e singelas quando se tratava de falar das
manifestações “pacíficas”?
Porque a Globo, uma
empresa privada, transformou-se em partido de direita que ocupou,
inconsequentemente e irresponsavelmente, o lugar dos derrotados PSDB, DEM e PPS
na oposição política e ideológica aos governos trabalhistas de Lula e Dilma.
Por causa disso, a Globo, além de outras empresas de comunicação e informação,
estrategicamente passou a chamar de “pacíficas” as manifestações de junho, pois
percebeu naquele momento uma oportunidade para fazer oposição a Dilma Rousseff,
afinal o Brasil vai ter eleições presidenciais em outubro de 2014, e se tem
alguma coisa que esses magnatas da comunicação não querem é a continuação de
políticos trabalhistas no poder por mais quatro anos.
Como pau que bate
em Chico também bate em Francisco, e o Brasil está neste momento com a inflação
controlada, o PIB a aumentar, estabilidade das instituições republicanas e do
regime democrático, além do crescimento da indústria, do agronegócio, do emprego,
bem como a presidenta Dilma voltou a crescer nas pesquisas, a Globo e os seus
coirmãos aparentemente deram uma recuada.
A nova postura
talvez seja porque o dinheiro da propaganda que ia para as empresas dos
bilionários das comunicações diminuiu desde os tempos do presidente Lula, o
que, sem sombra de dúvida, levou tais organizações(?) a redirecionar as suas
estratégias de luta política e econômica e, por sua vez, abrir diálogo com o
Governo Federal, com o presidente Lula (João Roberto Marinho solicitou encontro
com o ex-presidente) e se reportou à sociedade brasileira por intermédio de
editorial que reconhece o erro de as Organizações(?) Globo ter apoiado a
ditadura militar.
Por seu turno, não
acredito que lobos se transformem em ovelhas, ainda mais quando se trata dos
donos dessa megaempresa, que se confunde com o estado dentro do estado. Um
estado privado, evidentemente, mas que sempre foi sustentado pelo dinheiro
público. Deveria haver uma campanha para que a Globo se privatizasse, pois já
que defende com unhas e dentes a iniciativa privada e um País VIP para poucos
privilegiados.
Jogaram, em
manifestação recente, literalmente merda nas paredes e vidraças da sede da
Globo, e os seus repórteres são alvos de chacotas, protestos, de cantos de
guerra e até mesmo de violência física, com a qual explicitamente não concordo,
por parte de quem protesta. A Globo sentiu o golpe, como se fosse atingida por
um boxeador peso pesado na boca do estômago ou na ponta do queixo.
Os donos da Globo e
os seus jornalistas enfrentam, arrogantemente, até o Governo, mas quando se
trata de enfrentar o povo eles optam, espertamente, por recuar. Pega muito mal
para as suas imagens quase “assépticas”. A Globo e O Globo gostam muito de
pichar os outros, as pessoas e instituições, mas detestam verem o seu mundinho
provinciano, tacanho, presunçoso, egoísta e medíocre a ser questionado, e, o
pior, agredido.
As Organizações(?)
Globo e os seus donos são gigantes com os pés de barro e as suas paredes são
pichadas com merda, produto animal também chamado de esterco. Se daqui a alguns
meses os proprietários dessa empresa alienígena e descompromissada com a
cidadania brasileira perceberem que os tucanos do PSDB vão perder mais uma
eleição presidencial, eles certamente vão negociar para amenizar as diferenças
políticas e as perdas financeiras, afinal o Governo tem a Receita Federal e a
Polícia Federal e impostos sonegados e remessas ilegais são crimes que estão a
ser combatidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário