247 - Um vídeo
didático, de 27 minutos e 26 segundos, acaba de ser postado no YouTube e traz
revelações surpreendentes sobre a Ação Penal 470, que tratou do chamado
"mensalão". Produzido pelos jornalistas Raimundo Rodrigues Pereira e
Lia Imanishi, editores da revista Retrato do Brasil, e apresentado pelo escritor
Fernando Morais, o vídeo acusa o presidente do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa, de ter armado as condenações de alguns réus com "mentiras
escandalosas".
Uma delas, por
exemplo, seria a que ancorou a condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
Numa das sessões do julgamento, Barbosa afirmou que a contratação da agência de
publicidade DNA pela Câmara dos Deputados, à época presidida por João Paulo
Cunha, teria sido reprovada por várias instâncias de controle. Raimundo Pereira
e Lia Imanishi demonstram o contrário.
Em outro capítulo
do vídeo, os jornalistas desmontam a tese do "desvio de recursos
públicos" por meio da Visanet. Raimundo demonstra que os gastos
autorizados pelo Banco do Brasil foram efetivamente pagos e que um dos maiores
beneficiários da campanha foi justamente a Globo, que moveu dura campanha
contra os réus no que chamou de "julgamento do século".
O vídeo foi
publicado no YouTube com o título "Mensalão, AP 470, julgamento
medieval". Curiosamente no mesmo dia em que o jurista Claudio Lembo, um
dos mais notórios conservadores do País, também definiu o processo como um
"juízo medieval".
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