Do Diário do Centro do Mundo - E a pergunta que está todo mundo se fazendo é: qual foi o papel de
Joaquim Barbosa no episódio do qual resultou a prisão, por cinco horas, da
jornalista brasileira Cláudia Trevisan, do Estadão?
Pode ser nenhum, é
certo. Mas as especulações se multiplicam.
Cláudia tentava
entrevistar JB depois de um seminário do qual ele participou na Universidade de
Yale, nos Estados Unidos. Ele a avisara de que não iria falar com a mídia, e
então Cláudia planejou abordá-lo na saída.
A polícia apareceu
e a deteve. Algemada, passou por um constrangimento que incluiu uma cela na
delegacia na qual, para fazer xixi, tinha uma privada em que podia ser
observada por policiais.
Cláudia foi acusada
de “invasão de propriedade”, e ainda terá uma dor de cabeça jurídica para
resolver nas próximas semanas. Mas ela simplesmente entrou em Yale, como tanta
gente. Não “invadiu”.
Segundo seu relato,
Joaquim Barbosa sabia que ela tentaria entrevistá-lo. Teria ele pedido
providências à direção da universidade para se livrar da indesejada repórter?
É uma hipótese que
faz sentido.
Joaquim Barbosa já
tinha uma pendência com o Estadão. Destratou um jornalista do Estadão que lhe
perguntou sobre os 90 000 reais em dinheiro público que ele gastou na reforma
dos banheiros de seu apartamento funcional em Brasília.
O caso de Yale pega
Joaquim Barbosa num momento particularmente ruim. Ele saiu desmoralizado das
sessões das quais resultou a aprovação dos embargos para réus do Mensalão.
Agiu como acusador,
não como juiz, fez chicanas, facilitou a pressão da mídia sobre magistrados,
sobretudo Celso de Mello – e com tudo isso acabou miseravelmente derrotado.
Já entrou para o
anedotário jornalístico brasileiro a capa da Veja que o classificou como “o
menino pobre que mudou o país”. Aliás, até hoje pela manhã, os leitores da Veja
ignoravam a prisão da jornalista do Estadão, noticiada até pela rival Folha e
pelo Globo, tão amigo de JB.
Modestamente, o DCM
nota que parece ter surtido efeito uma informação que demos sozinhos, relativa
a uma outra viagem de JB, para a Costa Rica. Ele patrocinou, então, uma boca
livre para jornalistas com o dinheiro público, e a bordo de um avião da FAB.
Desta vez, JB não
levou, pelo visto, jornalistas para escreverem coisas laudatórias sobre sua
viagem.
É um progresso.
Mas melhor ainda
seria se ele dedicasse seu tempo não a visitar Yale e sim a resolver processos
que se arrastam sob sua órbita, como o que diz respeito aos velhos e esquecidos
pensionistas da Varig. JB não mudou e nem vai mudar o Brasil, mas pode melhorar
a vida dura da turma da Varig.
Um comentário:
Além de tudo é racista.
Tudo isso só pq ele condenou teus amigos "os quadrilheiros.
Sobre os pensionistas da Varig tem o dedo do teu amado lula.Um mau caráter.
Postar um comentário