O perfil dos
médicos cubanos é o seguinte: em geral, eles têm mais de uma década de
formados, passaram por missões em outros países, fizeram residência, parte
deles ( 20%) cursaram mestrado e 40% obtiveram mais que uma especialização.
Para quem está
preocupado com o cidadão e não apenas com a corporação, a pergunta essencial é:
essa formação é suficiente?
Aproveito essa pergunta
para apontar o que vejo como uma absurda incoerência - uma incoerência pouca
conhecida da população - de dirigentes de associações médicas. Um dos
dirigentes, aliás, disse publicamente que um médico brasileiro não deveria
prestar socorro (veja só) se um paciente for vítima de um médico estrangeiro.
Deixa morrer. Bela ética.
Provas têm
demonstrado que uma boa parte dos alunos formados nos cursos de medicina no
Brasil não está apta a exercer a profissão. Não vou aqui discutir de quem é a
culpa, se da escola ou do aluno. Até porque para a eventual vítima tanto faz.
Mesmo sendo
reprovados nos testes, os estudantes ganham autorização para trabalhar.
Por que essas
mesmas associações, tão furiosas em atacar médicos estrangeiros, não fazem
barulho para denunciar alunos comprovadamente despreparados?
A resposta
encontra-se na moléstia do corporativismo.
Se os brasileiros
querem tanto essas vagas por que não se candidataram?
Será que preferem
que o pobre se dane apenas para que um outro médico não possa trabalhar?
Sinceramente, sinto
vergonha por médicos que agem colocando a vida de um paciente abaixo de seus
interesses.
Um comentário:
Não poderia ser diferente, eles são a cara da elite conservadora Brasileira. O negócio dos médicos Brasileiros é ganhar muito dinheiro, o lema deles é: quem pode pode quem não pode se sacode.
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